Maria Maura Melo
À Vandete
Quando partir deste mundo de incertezas,
Onde sofre meus dias de tormento,
Vou dispensando pompas e grandezas,
Que possam me servir de ornamento.
Não precisa chorar, não adianta.
A ninguém faz falta a minha companhia,
Há muito tempo eu já vivia só,
Basta uma prece ao findar-se o dia.
Também sete rosas brancas, outras coradas
Como emblema de minhas filhas amadas,
Espalhadas por dentro do caixão.
E junto a estas, um amor-perfeito,
Será o filho que trago no peito,
Mais uma lágrima que sai do coração.
por sua mamãe.
Águas Belas | 27 de Setembro de 1985.
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