Durante vários anos dedicou-se à advocacia. Advogou em sua cidade natal, foi promotor público na comarca de Águas Belas, foi advogado do Instituto do Café. Tornou-se consultor jurídico do executor do Estado de Sítio em Pernambuco, general Aurélio de Souza Ferreira. Foi advogado da Pernambuco Tramways, empresa canadense que explorava os serviços de força e luz no Recife. Foi procurador adjunto na Justiça Militar, no Recife. Integrou o Superior Tribunal Militar, após concurso, no governo do general Dutra, em 1947.
Casou-se com Olga Monteiro Gueiros Leite e juntos tiveram cinco filhos. Depois de ficar viúvo, casou-se com a procuradora da Justiça Militar, Marly Gueiros Leite. E com ela teve uma filha. Em setembro de 1964, transferiu-se para o Rio de Janeiro para assumir a Procuradoria Geral na Justiça Militar, no governo do marechal Castelo Branco. Em março de 1969, assumiu o cargo de Ministro do Supremo Tribunal Militar, no governo do general Costa e Silva.
Eraldo Gueiros Leite tinha posições políticas bem definidas. Quando Gregório Bezerra foi preso sob a acusação de haver incendiado os arquivos do Batalhão sediado em Cruz das Armas, em João Pessoa, Eraldo Gueiros, não encontrando no processo provas que o incriminassem, pediu a sua absolvição. Em 1964, quando os governadores Seixas Doria, de Sergipe e Miguel Arraes de Alencar, de Pernambuco, foram presos e deportados para Fernando de Noronha, ele visitou o local para ver o tipo de tratamento que estavam recebendo.
Em 1970, Eraldo Gueiros Leite foi indicado candidato da ARENA ao governo do Estado de Pernambuco, através de eleições indiretas. Eleito, tomou posse em março de 1971 sucedendo a Nilo Coelho. No seu governo, implantou o sistema de Tapacurá para fornecer água ao Recife e atenuar os efeitos das inundações que ocorriam na cidade. Restaurou a antiga Casa de Detenção do Recife, que foi transformada em Casa da Cultura. Ampliou os serviços da Secretaria de Saúde e da rede de transmissão de energia do Estado. Terminado o mandato, passou o governo ao sucessor que o apoiara, José Francisco Moura Cavalcanti, em março de 1975. Eraldo Gueiros Leite faleceu no Recife, Pernambuco, no dia 5 de março de 1983.
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