terça-feira, 25 de julho de 2023

Emídio Dantas Barreto

Emídio Dantas Barreto
Foi um político, militar, jornalista, romancista e teatrólogo brasileiro. Dantas Barreto  nasceu na cidade de Bom Conselho, na região do Agreste de Pernambuco, no dia 22 de março de 1850. Com 15 anos, alistou-se no Corpo de Voluntários da Pátria, quando o Brasil procurava mobilizar pessoas do meio rural para lutarem na Guerra do Paraguai.

Em 1868 Dantas Barreto foi promovido a oficial. Destacou-se na guerra e ao voltar ao Brasil, após a vitória, foi condecorado por sua atuação. Ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro fez o curso de artilharia e foi ascendendo lentamente aos vários postos que ocupou: Tenente (1879), Capitão (1882), Major (1890), Tenente-Coronel (1894), Coronel (1897), General de Brigada (1906), General de Divisão (1910) e Marechal de Exército (1918).

Como militar, viajou por vários Estados brasileiros e em alguns deles colaborou na imprensa como na Revista América, no Rio de Janeiro e no Jornal do Comércio, no Rio Grande do Sul. Dedicou-se à literatura e ao teatro e escreveu peças como a “Condessa Hermínia” (1883), “Margarida Nobre” (1886) e “Lucinda e Coleta, Episódios da Vida Fluminense” (1896).

Em 1897, participou da Guerra de Canudos e na volta da expedição publicou os livros: “A Destruição de Canudos” e “Acidentes de Guerra”. Era um oficial respeitado e prestigiado e por seu desempenho na Guerra, foi promovido ao posto de Coronel.

Em 1910, apoiado pelos militares, o gaúcho Marechal Hermes da Fonseca foi eleito para a presidência da República, provocando abalos na vida política do país, quando a presidência se alternava entre paulista e mineiro, época que ficou conhecida como “café com leite”. O General Dantas Barreto foi convidado para o Ministério da Guerra. Durante o governo do Marechal, muitas “oligarquias” estaduais foram substituídas.

Em 1910, em Pernambuco, Dantas Barreto venceu as eleições na Capital e Rosa e Silva no interior. Na verificação dos poderes, o comandante militar fez pressão sobre o Legislativo. Depois de vários conflitos o governador Estácio Coimbra solicitou intervenção Federal. O Legislativo pressionado reconheceu Dantas Barreto como vencedor. Nesse mesmo ano, Dantas Barreto foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.

Em 1911, ao assumir o poder, Dantas Barreto mostrou-se arbitrário e prepotente cercando-se de oficiais de sua confiança como Francisco Melo, chefe da polícia e Eudoro Correia, prefeito do Recife. Determinou restrições à liberdade de imprensa. O acontecimento mais grave durante seu governo foi o assassinato do jornalista Trajano Chacon.

Com o intuito de fortalecer o seu poder, desligou-se do Partido Republicano Conservador e criou o Partido Republicano Democrático, entrando em choque com grandes lideranças nacionais. Nas eleições para senador, apoiando José Bezerra contra Rosa e Silva, do Partido Conservador, saiu perdedor. Dantas Barreto, após o fim do seu governo, em 1915, conseguiu eleger-se senador em 1916. Foi reformado em 1918. Dantas Barreto faleceu no Rio de Janeiro, no dia 8 de março de 1931.

Fonte: https://www.ebiografia.com/dantas_barreto/

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