terça-feira, 4 de junho de 2024

Histórias de Pedro Marques 'Pesão'


Pedro Jorge Silvestre Valença | Garanhuns, 10/01/2011

Em 1970 quando assumi a direção da Cilpe, indústria de laticínios do Estado, fui buscar na Vila de São Pedro, onde passei minha juventude, um grupo de conterrâneos, onde Cláudio Tenório era o Chefe do Tráfego, comandando os motoristas: José Salvador, Zé Negrinho, Hilário e Zé Matuto.

Espalhados pelas Secções: Luiz "Cara Velha", José Grande e seus cunhados Geraldo e Zezinho. E o "faz tudo" Antonio Adeildo que quebrava todos os meus galhos. Parente mesmo só meu compadre Airton que veio de São Bento.

Numa atitude radical, privatizei o transporte do leite e fui buscar meus conterrâneos José Meira, Leonardo, Espiridião, meu Primo Zi Ferreira e Pedro Pesão, que em seus caminhões tanque transportavam mais de 60 mil litros de leite. Tendo melhorado a qualidade do leite que não mais demorava em ser colocado no Recife, onde era feita pasteurização e embalagem.

No início de uma semana fui procurado por Pedro Pesão que precisava comprar 4 pneus para o truk, tendo sido feito um empréstimo para desconto no frete. No final da semana volta Pesão alegando que os pneus da dianteira estavam provocando perigo e precisavam ser trocados. Na ocasião aleguei que já tinha sido feito um empréstimo e que ultrapassava o limite permitido.

Pesão, usando nossa amizade de conterrâneo, foi categórico:

- Será que o Açúcar Estrela (que era vizinho), vai me emprestar, eu trabalhando na Cilpe? Seu argumento era incontestável e não pude negar.

Pedro eleito vereador e numa enchente do Rio Canhoto, sugeriu que decretasse "Calamidade Pública", Ivo Amaral argumento que não cabia e Pedrão sugeriu: decrete "Meia Calamidade" Pedro foi comprar um carro para sua campanha e escolheu um Opala 4 portas e 8 cilindros, João de Deus para ajudar Pesão, dividiu em 10 pagamentos e uma entrada de 20%. Pedro Pesão concordou e ordenou: "Bata as Letras".

A funcionária pediu a entrada que seria a vista e Pedro ordenou: "Bata a Letra".

Faltava o juro da entrada e Pesão ordena novamente: "Bata a Letra" João de Deus, dispensou o juro e Pedrão pediu o dinheiro da gasolina pois estava liso. Recebeu 20 cruzeiros e quando chegou na bomba ordenou: Só coloca 10 e me dá  10 para comprar de pão. Os fatos são verdadeiros e confirmados por Pedro Pesão.

Seu João Marques tinha três filhos homens: João, Pedro e José e na Vila de São Pedro, tomava conta do Bilhar de Chico Tenório, mas diferentes dos filhos não aguentava criticas.

Para servir aos clientes comprou um pote novo, que ficava no recanto do salão e neste dia coincidiu que estava perdendo no jogo de baralho, quando um frequentador veio reclamar que a água estava com gosto de barro.

Seu João Marques levantou-se calmamente e estourou o pote mesmo no centro do salão. Voltando para jogar baralho. Pedro Marques (Pesão) deixou saudades e João esta atuante e José continua a ler os jornais diariamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Um encontro de saudades

Waldimir Maia Leite "Wadô" Marcílio Reinaux* Homem ou mulher, por mais forte que seja, não escapa de momentos transcendentais na v...