sábado, 16 de novembro de 2024

Útero, por toda vida


João Marques | Garanhuns

É a primeira morada, o útero, com temperatura e tudo preciso para alimentar a vida. Seria a rigor a melhor morada... Muito cedo, porém, deixamos o útero. E, por toda existência, carecemos desse aconchego. Nunca se dá efetivo desligamento. Há evidentemente uma busca constante do lugar seguro, da situação segura. Apraz se sentir amparado, e tornar a vida feliz. Digamos assim, os meios, os ambientes em que se vive são hipotéticos úteros. A amizade no relacionamento social é, talvez, a maior condição da satisfação de viver. Nada mais que uma amizade verdadeira, que possa proporcionar segurança. 

O útero, ao longo da vida, está sempre presente. A cama onde se dorme, o cobertor, que envolve e protege. A casa ou o lar, onde se vive. Daí por diante, o ambiente de trabalho, a cidade, tudo de que dependemos ou de que vivemos. E o espírito de tudo isso é o amor. Como no útero original, o amor é o que move a existência. É o útero da vida, a morada dada por Deus, e que tende à eternidade.

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