quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Seu Leite

Centro de Garanhuns na década de 1960

CASOU-SE COM UMA JOVEM PERTENCENTE A UMA DAS MAIS DIGNAS FAMÍLIAS DE GARANHUNS

Garanhuns - O desenvolvimento da nossa região ainda se encontrava em estado embrionário. Não se cogitava de qualquer estrutura de ordem econômica. O comércio era conquista maior no ponto de vista econômico e financeiro. Como era natural, seus métodos exigiam certas reformulações. Contudo, o seu plano ainda era o mais sedutor.  De modo que o auxiliar de comércio não desejava outra coisa senão tornar-se um comerciante. Era o ponto culminante de suas aspirações. Tornava-se realizado em participar do desenvolvimento econômico e do equilíbrio social em igualdade com o patronato. Estes até certo ponto sentiam um pouco de vaidade pelo progresso dos seus pupilos.

Ao lado de muitos filhos de Garanhuns os portugueses manterem os mesmo sistemas e espalharam por toda parte o seu engenho e arte. Eram os maiores entre seus iguais em matéria de incentivo do comércio e da indústria. Um povo que conseguiu fazer muitas coisas no ramo de suas atividades, deve ter possuído forçosamente aptidões mentais e físicas extraordinárias. O movimento comercial era naquele tempo uma diversão. Vitrines bem iluminadas atraiam a atenção da juventude. Tinha, por assim dizer, o seu público. Todo público está sujeito a sua análise baseada em uma pesquisa separada. Não cogitamos de fazê-la nesta matéria. Ficamos com o nosso entendimento no sentido de que cada público tem suas atitudes e preferências próprias de acordo com o seu tempo e sua época. Suas condições financeiras permitiram-lhe então renunciar à vida de empregado no comércio e abrir uma pequena loja de sua propriedade, onde passou a negociar  com tecidos.

José da Costa Leite [Seu Leite] cidadão português e logo nos albores de sua vida veio para a Terra de Santa Cruz, 'Gigante pela própria Natureza'

Trabalhou muito tempo no Empório Comercia 'Armazém das 10 Portas' de propriedade de seu patrício Bernardino Guimarães. Com ele aprendeu e assimilou o chamado "Passo comercial". Notadamente a sua conduta, não obstante jovem, era discreta e retilínea, muito estimado pelos seus colegas e companheiros de trabalho. O seu comportamento psicológico infundia respeito. Sentindo-se capaz de enfrentar a vida comercial por conta própria. Estabeleceu-se, na Avenida Santo Antônio, inaugurando a sua casa de tecidos [A Portuguesa]. Casou-se com uma jovem pertencente a uma das mais dignas famílias de Garanhuns. Dona Eulalia Maia [Dona Lalu] filha do Capitão Tomaz da Silva Maia, político militante que foi por duas vezes prefeito da nossa terra. Dessa união nasceu numerosa prole. Todos vivem condignamente bem situados. Entre os que militam na Imprensa da Capital, destacamos, o nosso amigo de todas as horas Waldimir Maia Leite.

Depois da [A Portuguesa] fundou uma casa comercial considerada a mais  elegante da época o [Brasil Chic] adaptação  do Francês. Depois de muitos anos deixou o comércio. Após a morte de sua esposa, passou a residir na cidade do Recife.

Seu Leite viveu na terra da [Vila Maria] recanto de beleza, onde nasceu o seu Amor. Aqui respirou o ar mais puro de sua liberdade. Sob a sua égide protetora nasceram e viveram todos os seus filhos. Faleceu com 86 anos de idade, numa dessas tardes de maio de 1978, na Capital do Estado. José da Costa Leite [Seu Leite] terminou sua missão aqui neste mundo, onde viveu com dignidade e respeito. E assim mais um velho amigo que se foi para outra dimensão da vida. (Texto do Dr. José Francisco de Souza | 20 de Maio de 1978 | Jornal O Monitor | Resgatando e Preservando Nossa História).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Um encontro de saudades

Waldimir Maia Leite "Wadô" Marcílio Reinaux* Homem ou mulher, por mais forte que seja, não escapa de momentos transcendentais na v...