segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Luzes que se apagam para uns

As boas obras devem persistir sem reclamações e sem desfalecimento, em todos os ângulos do nosso caminho


Luzes que se apagam para uns. Chamas que continuam se renovando para outros. Não são nada mais  do que tudo que traduz esperança. Novos momentos e novas decisões. Quando o momento exato nos convoca, as grandes decisões brilham em nossos olhos. Basta para tanto, que durante as noites e os dias, a serpente do amor próprio não envenene o nosso coração.

O tempo em si mesmo, entendemos que é quase nada, o que importa é o homem em sua plenitude. Integralmente humano. A pessoas humanas é uma conquista dos seres criados. É uma das sublimes revelações na natureza hominal. Por isto, as dores do mundo se reflete acentuadamente em todos nós. Não há na vida coisa mais difícil do que a sinceridade e mais fácil do que a lisonja. Não é comum se alcançar o limite da estupidez. Até quando o homem poderá viver sem conhecer a liberdade. Até quando deixará de sentir que na janela de sua vida, brilhará sempre a luz de um novo dia. Que o novo ano trará consigo dias alegres, tristes e sombrios. Essa mudança depende muito de nós. Do nosso estado de espírito. Não pode o tempo parar. Teremos da acompanhá-lo em todo o seu processo e dimensões. Senão estaríamos no século de Abraão e dos seus rebanhos.


Para servir, além de nossas obrigações sem direito à recompensa. Teremos de apagar as fogueiras da maledicência e do ódio. Da discórdia e da incompreensão, ao preço da nossa própria renúncia. Para estender a caridade, sem ruído, como que sabe que ajudar aos outros é enriquecer a própria existência...

As boas obras devem persistir sem reclamações e sem desfalecimento, em todos os ângulos do nosso caminho. A negação das nossas vaidades políticas e sociais. E tomamos sobre os nossos próprios ombros, cada dia, a cruz abençoada e redentora de nossos deveres marchando, com humildade e alegria, ao encontro da vida sublime.

Essa indicação honrosa nos felicita.

Nos caminhos seguros de uma vida recatada não existem óbices, nem qualquer dificuldade. Porque  seremos sempre renovados interiormente. Seremos sempre chamados para luz e escolhidos para o trabalho. Nossa presença nos estudos do Evangelho expressa o apelo constante  que flui do Céu no rumo de nossas consciências.

Pelo chamamento da fé  viva que fecunda a seara de todas as vidas. É que o conhecimento superior produz a força indomável do pensamento edificante e nobre.

Tudo isso não caracteriza pelas sucessões do tempo e dos anos. Uma palavra chama outra, um pensamento sugere outro. Essa revelação da inteligência, o tempo não pode evitar. É por esse processo de cultura que o tempo é presente e futuro. Uma coisa, porém, é importante, sabermos sobre que ponto a pessoa é culta.

Dr. José Francisco de Souza | Advogado, jornalista, cronista e historiador | Garanhuns, 5 de janeiro de 1980.

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