Quando a cadeia foi atacada por centenas de homens armados, foi um dos que resistiu heroicamente ao lado do Cabo Cobrinha e dos soldados Manoel João de Oliveira, Francisco Maciel Pinto, Ezequiel Cabral de Souza e Pedro Antônio Dias ao cerrado tiroteio. Quando não havia mais possibilidades de resistência, conseguiu escapar pelo milagre da Providência, deixando a cadeia em meio a nuvem de pólvora sem ser visto pela cabroeira. Ferido de raspão no braço foi levado para a residência do comerciante Nicolau Diletieri, depois de realizado os curativos por um facultativo que ali se encontrava, retornou a cadeia, enfrentando o jagunço Joaquim Pai d´Égua que no pátio da cadeia maltratava a viúvas e órfãos das vítimas.
Além do Sargento Malta, conseguiram escapar: o guarda sanitário Artur Pereira, o eletricista do Cinema Moderno Jesuíno Veras, o operador do mesmo cinema, Zuza, o ex-sargento Araújo, os presos comuns João Isidoro da Silva, Antônio Isidoro de Vasconcelos, Presciliano Josué, chefe da Estação em Glicério, este com um ferimento na mão, e o filho de Argemiro Miranda, Theotônio Miranda na época com 10 anos. Tibúrcio Isídio da Silva estava preso em um cela comum com outros dois presos e também conseguiram sobreviver.
Os soldados Antônio Pedro Dias e Manoel João de Oliveira seriam levados para o Hospital Pedro II em Recife , mas não resistiram aos ferimentos.
Pelo ato de bravura o Sargento Pedro Cavalcanti Malta seria promovido a Alferes e se aposentaria como Capitão da Polícia Militar de Pernambuco.
Fontes: Livro Recife Sangrento de Hélio Batista e Jornal Pequeno
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