Lauro de Alemão Cysneiros*
Esse arrebol da vida, que me apanha
Cheio de mágoas, cheio de tristeza,
É o derradeiro adeus que me acompanha
Na languidez da minha natureza!...
Multiplicam-se as dores, quando a sanha
dos males nos inflige mais rudeza...
Na anfractuosidade da montanha,
As águas desenvolvem mais destreza...
Assim todas as dores acordaram,
E todas as tristezas despertaram,
Ao desamor da minha vida solene...
Somente a issolação, hoje, me assiste,
Nessa tristeza imensidade triste,
Onde se embala a imagem da saudade!...
Esses versos foram um dos últimos feitos pelo Poeta Lauro Cysneiros antes de sua partida em 27 dezembro de 1981.
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