quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Professor Jerônimo Gueiros


Nascido em 30 de setembro de 1880, na Povoação de Queimadas, então Município de Quipapá -  hoje Município de Jurema - Jerônimo Gueiros (foto), passou os quatro primeiros anos de sua vida no Povoado Salôbro, e os dois seguintes na cidade de Palmeira dos Índios - Alagoas, de onde veio para esta cidade com idade de seis anos. Aqui aprendeu as primeiras letras numa escola particular, fez o curso primário na escola estadual, o secundário no Colégio Acioly e terminando no Colégio Evangélico 15 de Novembro, este fundado e dirigido pelo pastor protestante  reverendo Martinho de Oliveira. Foi pelo Presbitério de Pernambuco, em 15 de setembro de 1901, Ministro do Evangelho e, nesta qualidade, transferiu-se para  Fortaleza - Ceará e dali para Natal - Rio Grande do Norte onde, por algum tempo, foi pastor da Igreja Presbiteriana, de onde para aqui regressou em 1903, e nesta cidade se casou com dona Cecília Barbosa de Farias, filha do casal Inocêncio Barbosa de Farias - Alexandrina Firmina de Farias, em 23 de dezembro daquele ano. Enquanto aqui permaneceu, foi pastor da Igreja Presbiteriana Local, diretor do Colégio 15 de Novembro e do Jornal "O Norte Evangélico". Em 1920, aceitando o convite do Governador deste Estado para dirigir a Escola Normal Oficial do Estado do qual além de diretor, foi lente de História da Civilização, fixou, definitivamente a sua residência no Recife. Ali organizou a Segunda Igreja Presbiteriana do Recife e fundou, em 27 de fevereiro de 1921, a Igreja Presbiteriana da Boa Vista de cujo templo conseguiu finalizar a sua construção, inaugurando-a em 15 de novembro de 1947. O reverendo Professor Jerônimo Gueiros, que levou a sua vida empregando o máximo esforço pelas causas do  Bem. Faleceu no Recife, em 7 de abril de 1953. Garanhuense por seus ancestrais, era ele filho do casal Francisco de Carvalho Silva Gueiros - Rita da Silva Gueiros, e por seu avô paterno, Antonio da Silva Gueiros, casado com dona Inocência Maria de Araújo, era penta-neto do casal Capitão Micael de Amorim Souto - Maria Paes Cabral que, em 1708, já  aqui residia e tornou-se o tronco principal da principal família garanhuense denominada "Mochileira". Dos filhos do casal todos primorosamente cultos, destacamos os doutores: Nehemias Gueiros,  "homem de fama universal, notável advogado e professor de Direito Civil na Faculdade de Direito do Recife", e com escritório da advocacia na Capital do Estado da Guanabara e Esdras Gueiros - jurisconsulto e advogado na capital de São Paulo.

Para se ter uma visão dos múltiplos aspectos da vida e obra de Jerônimo Gueiros é suficiente a simples relação de sua intensa atividade no campo eclesiástico, pedagógico e literário: Além de fundador e pastor da Igreja Presbiteriana da Boa Vista e ex-pastor das Igrejas Presbiterianas de Fortaleza, Natal, Campo Alegre e Recife, foi ele fundador do Externato Natalense, da Escola Eliza Reed e organizador e professor do Instituto Pestallozzi, em Natal; ex-diretor, pelo Supremo Concílio do Seminário Teológico de Campinas (São Paulo); professor e ex-presidente do seminário Evangélico do Norte (Recife); membro e presidente da Academia Pernambucana de Letras; Membro do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico de Pernambuco; organizador do Norte Evangélico (pela fusão do "Século", que dirigiu em Natal, com a imprensa evangélica, dirigida na Bahia pelo saudoso Reverendo Mathias Gomes dos santos); ex-colaborador dos diários pernambucanos - Jornal do Recife, A Província, Jornal do Comércio e Diário de Pernambuco, tendo mantido nestes dois últimos a secção "A Disciplina da Linguagem", onde publicou lições de aperfeiçoamento da linguagem portuguesa irradiadas pela Rádio Clube de Pernambuco. A Eucaristia, A Pedra Fundamental da Igreja, A Bíblia e a Ciência, Deus Revelado, O Espiritismo Analisado, O Brasil Ameaçado, Razão do Meu Silêncio, O Perigo dos Últimos Tempos, A Heresia Pentecostal, Firmeza e Ortodoxia, Firmeza Doutrinária da Igreja Presbiteriana da Boa Vista, Perigo do Erro à Sombra da Verdade, são alguns dos seus trabalhos neste terreno. (Fonte: História de Garanhuns | Alfredo Leite Cavalcanti | Volume II | Garanhuns, Fevereiro de 1973 | Foi mantida a grafia da época).

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