Prefeitos de Garanhuns

No ano de 1955, então com menos de 10 mil eleitores, Garanhuns elegeu Francisco Simão dos Santos Figueira para prefeito e Abdias de Noronha Branco como vice.  Este último, já tinha sido vice-prefeito de 1947 a 1951, chegando a assumir o cargo por motivo de doença do titular, Luiz da Silva Guerra. Francisco Figueira, filiado ao velho PSD, projetou Garanhuns nacionalmente, passou a ser referência administrativa, pela seriedade como tratou o patrimônio público. Segundo vereadores da época, o novo prefeito tornou o município próspero, o trabalho foi reconhecido pela comunidade que depois elegeu Francisco Figueira como deputado estadual.

É importante assinalar que nesse período Elpídio Branco, que já vinha de dois mandatos, conseguiu mais uma vez se eleger para a Assembleia. Nesse tempo, a invasão dos forasteiros era menor, as lideranças locais eram mais fortes e dificilmente a Suíça Pernambucana ficava sem um representante no Recife.

Juntamente com Francisco Figueira e Abdias Branco, foram eleitos em 1955 treze vereadores, a começar de Aloísio Souto Pinto e Amílcar Valença (este representava o distrito de São Pedro), que renovaram seus mandatos com relativa facilidade. Os dois chegariam à prefeitura nas eleições seguintes.

O restante da Câmara Municipal ficou com a seguinte composição: Antônio Sarmento Pontes, Elias da Silva Barros, Geraldo de Freitas Calado, João Bezerra Sobrinho, José Augusto Pinto (Brejão), José Cardoso da Silva, Luiz Pereira Júnior (Caetés), Pedro de Souza Lima, Petrônio Fernandes, Raimundo Atanásio de Morais e Uzzae Canuto.

Em 1959, Aloísio Pinto (UDN), que vinha de dois mandatos de vereador foi eleito prefeito, derrotando Abdias de Noronha Branco, o vice-prefeito de Francisco Figueira. Como vice-prefeito foi escolhido o professor Álvaro Alves da Rocha, natural de Capoeiras.

Da mesma  maneira que Celso Galvão e Francisco Figueira, o novo governante garanhuense fez uma gestão séria, investindo em estradas e numa ampla reforma da Avenida Santo Antônio. Com o governador Paulo Guerra, o prefeito Aloísio Souto Pinto viria depois a conseguir a primeira faculdade de Garanhuns, que durante muito tempo funcionou nas dependências do Colégio XV de Novembro.

Em 1963, dois prefeitos aprovados pela população da cidade, Francisco Figueira e Aloísio Souto Pinto, embora adversários conseguiram se eleger deputados de Garanhuns que passou a ter dois representantes na Assembleia Legislativa do Estado.

Na Câmara Municipal, em 1959, surgiram novos nomes como Álvaro Brasileiro Vila Nova, irmão do famoso gramático e professor de português. Tivemos ainda Elias da Silva Barros, Everardo Ribeiro Gueiros, Hermínio Sampaio de Melo e o advogado Ivan Rodrigues da Silva.

A composição do Legislativo foi completada com João Bezerra Sobrinho (Paranatama), João de Assis Moreno (São João), José Augusto Pinto (Brejão), José Cardoso da Silva, José Guilherme da Rocha, Mauro Souza Lima, Petrônio Fernandes e Rafael Brasil Pereira. Este último viria a ser prefeito de Caetés em duas oportunidades. 

Foto: Aloísio Souto Pinto.