Prefeito Aloísio Pinto

Para a sucessão do prefeito Francisco Figueira, se arregimentaram as forças políticas do município afim de com os candidatos aos dois poderes - Executivo e Legislativo - eleitos, formarem o novo Governo.

Para o poder executivo, de um lado, os partidos políticos: União Democrática Nacional, Partido Trabalhista Brasileiro, Partido Democrata Cristão, em  apoio da chapa de Aloísio Souto Pinto (35º Prefeito de Garanhuns) para prefeito e Álvaro Alves da Rocha, para  vice-prefeito, e do outro lado o Partido Trabalhista Nacional apoiando a chapa para os mesmos cargos, respectivamente - Abdias de Noronha Branco e Antonio Pereira da Silva, todos estes candidatos cidadãos de elevado nível social, moral e político. E para o Poder Legislativo, cada um dos referidos partidos em apoio à sua lista de candidatos a vereadores.

A campanha eleitoral durou cerca de três meses e terminou três dias antes das eleições, que se realizam no dia 2 de Agosto de 1959. Apurados os  votos, verificou-se o seguinte resultado: Para prefeito, Aloísio Souto Pinto (foto), 7.904 votos e Abdias de Noronha Branco, 4.223; para vice-prefeito: Álvaro Alves da Rocha, 7.307 e Antonio Pereira da Silva, 3.940 votos. Para subprefeitos distritais, foram eleitos os candidatos: João Batista Neto - Brejão - 540 votos. Osório de Souza Silva - Caetés - 308 votos. José César Filho - Miracica- 249 votos. Vespasiano Vieira de Vasconcelos - Itacatu -  323 votos. Manoel Correia dos Santos - Iratama - 262 votos. Antonio da Silva Souto - Paranatama - 439 votos. Júlio Clemente da Rocha - São João - 716 votos.

O poder legislativo foi composto dos eleitos, vereadores seguintes: pelo Partido Democrático Cristão - Álvaro Brasileiro Vila Nova, 249 votos, e José Guilherme da Rocha, 276 votos. Pela União Democrática Nacional - João Bezerra Sobrinho, 464 votos, Dr. Petrônio Fernandes da Silva, 396 votos. Pelo Partido Trabalhista Brasileiro - José Cardoso da Silva, 1.073 votos, Elias da Silva Barros, 475 votos e Everardo Ribeiro Gueiros, 380 votos. Como suplentes dos vereadores de cada partido foram eleitos os seguintes candidatos: Luiz Firmino da  Silva - PDC - 226 votos e Antonio Francisco de Moraes Guerra, 214 votos. Dr. Uzzae Canuto - UDN - 302 votos, José Cabral, 287 votos, Valdeliro Correia Cavalcanti, 225 votos e José Ferreira Sobrinho, 229 votos. PTB - Amaro Rodrigues Costa, 229 votos, Luiz José de Melo, 204 votos. José Calado dos Santos, 95 votos e Pedro Bezerra Sobrinho, 64 votos. Partido Trabalhista Nacional - Dr. Vicente Cavalcanti, 317 votos, Antonio Sarmento de Pontes, 284 votos,, Dr. Mário Matos, 22 votos e Ramiro Ferreira da Silva, 209 votos. Os eleitos para ambos os Poderes - Legislativo e Executivo - foram empossados no dia  15 de Novembro do mesmo ano, 1959. Tempos depois houve modificações na composição da bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, com a morte do vereador José Augusto Pinto, tendo sido a sua vaga preenchida pelo suplente Amaro Rodrigues Costa, e com a convocação do vereador José Cardoso da Silva que foi eleito suplente de deputado estadual, para preencher uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado, tendo sua vaga preenchida pelo suplente José Calado dos Santos.

Também na bancada do Partido Trabalhista Nacional, houve modificação: com a eleição do vereador João de Assis Moreno, para prefeito do Município de São João, foi a sua vaga preenchida pelo Dr. Vicente Cavalcanti e, pela aceitação de um cargo no governo estadual, o vereador Ivan Rodrigues da Silva, foi substituído pelo suplente Antonio Sarmento Pontes. Por licença do vereador João Bezerra Sobrinho, o suplente Dr. Uzzae Canuto, o substituiu por  mais de uma vez. Este governo é constantemente qualificado por todos - correligionários ou adversários políticos - amantes do progresso do Município, como o mais eficaz de todos os que o antecederam. O Poder Legislativo reconhecendo o dinamismo do prefeito Aloísio Souto Pinto, verificado nas suas primeiras realizações, não lhe tendo negado o necessário apoio, e assim, tem este prefeito cumprido, em mais do dobro, as promessas feitas ao povo, como é de costume dos candidatos nas campanhas eleitorais. A seguir, vamos falar sobre o cumprimento de algumas destas promessas: o largo em frente da Matriz de São Sebastião, no bairro da Boa Vista, quase intransitável devido às enxurradas, foi provido de uma bem construída galeria, transformando em uma bela praça bem calçada com paralelepípedos rejuntados com cimento, cumprindo assim a promessa feita aos habitantes desse bairro, em um comício ai realizado. E  não se limitando ao que prometeu, prossegui o calçamento da Rua Coronel José de Almeida até o seu final no Monumento da Independência, assim pela que na referida praça desemboca vindo da Avenida José Leitão. Para  cumprir o que prometeu em um comício na Rua Dr. Dourado, não só esta foi calçada sobre galerias, como a Rua Augusto Calheiros, que nela desemboca, recebeu os mesmos melhoramentos, e a Vitorino Monteiro, que também nela desemboca, foi provida de galeria. Em cumprimento da promessa feita num  comício realizado na Rua Afonso Pena, foi ela calçada, e além do prometido prosseguiu com calçamento pela Rua Joaquim Távora, até o seu final na Rua Amauri de Medeiros que também foi calçada e do seu final da Avenida Caruaru, calçou esta até o seu começo, na Rua Afonso Pena; calçou a Rua Barbosa Lima, e a Avenida Cleto Campelo, a parte norte da Praça Souto Filho, um trecho do começo da Avenida Júlio Brasileiro, assim como a ligação deste trecho com  a Avenida Rui Barbosa; com exceção da Rua Amauri de Medeiros e da Avenida Caruaru, todo o mencionado calçamento, foi feito sobre galerias. E assim por  diante. O caso é que, até o mês de maio deste ano (1963) quando transmitiu o  cargo ao Vice-prefeito Álvaro Alves da Rocha (36º Prefeito de Garanhuns), para assumir o mandato de Deputado Estadual, como suplente, o Prefeito Aloísio Souto Pinto, além das mencionadas ruas, calçou e provendo de galerias, as que delas precisavam, as seguintes ruas: Agostinho de Góes, São Francisco, Antonio Penante, completou o Pau Pombo com 1.505 metros quadrados, Manoel Clemente, cuja galeria já existente foi reconstruída, Ferreira de Azevedo, Pedro de Medeiros, Avenida Rotary, São Paulo, João da Silva Souto, Santos da Figueira, São Vicente, Sargento Silvino Macedo, lado direito da Cadeia, Siqueira Campos; - São João - Rua Cleto Campelo - Brejão, completou o calçamento da Rua Monsenhor Afonso Pequeno - 1.705 metros quadrados - prolongou o da Rua Cel. Antonio Souto - 931 metros quadrados, completou o da Rua Severiano Peixoto - 688 metros quadrados, calçou o trecho da Rua Júlio de Melo, outro na Rua Capitão João Leite, a Rua Padre Dehon frente ao Hospital Infantil - completou o da Rua da Esperança, prosseguiu com o calçamento da Rua Coronel Antonio Victor, concluído pelo vice-prefeito Álvaro Alves da Rocha, completou o da Avenida Santo Antonio e o lado esquerdo da Catedral. Além das galerias das ruas que calçou, construiu a da Rua Alves Tororó - 375 metros, a da Rua Capitão Bandeira, outra entre a Rua Cabo Cobrinha e a Praça Capitão Tomaz Maia, recompôs grande parte do calçamento destruído com a obstrução da ineficiente galeria já existente nesta Praça, ampliando-a e prolongando-a, assim como completou o referido calçamento, com o fim principal de resolver o problema da erosão que ameaça os prédios que vão sendo construídos nas imediações do Pau Pombo - na Rua Napoleão Galvão, construiu 540 metros de galerias profunda e ampla, na  Avenida Agamenon Magalhães, faltando atualmente (outubro de 1963) poucas dezenas de metros de extensão para ser concluída, como também calçou a parte já edificada da referida avenida, numa extensão de 470 metros, o que equivale a cerca de 4.000 metros quadrados, desapropriou e demoliu prédios, tantos para alinhamentos como para desembocadura de ruas, como ajuda a entidades, construiu a Casa do Trabalhador, e a sede do Círculo Operário de Garanhuns, comprou uma ambulância para o transporte administrativo; criou e instalou a Biblioteca Pública Municipal - Luiz Brasil - dotando-a de modernas estantes e muitas primorosas obras, todas encadernadas. Nas vilas, povoados e na zona rural foram construídos: um pontilhão no Sítio Gameleira outro no Sítio Castainho, uma ponte, um bueiro e um pontilhão no Sítio Canhoto, um bueiro no Caxingó, um pontilhão e um bueiro no Sítio Várzea; um pontilhão no Poço do Novilho outro no Jenipapo do Rocha, um bueiro no Umbuzeiros, outro na Baixa da Telha, outro na Macambira, uma ponte no Lajeiro do Vinho, outra no  Saquinho, outra na Baixa da Lama, outra na Curica, um Pontilhão no Povoado Brejo Velho, uma ponte, um cemitério e um açougue no Povoado Taquarí, um cemitério no Sítio Capim, um necrotério no cemitério do Povoado de Ponto Alegre, o Comissariado, um grupo escolar e um açougue na Vila de Caetés, a subprefeitura da Vila de Iratama, dez casas para substituírem as destruídas por uma cheia do Rio Canhoto, na Vila de Itacatu onde também construiu um amplo açougue, que substituiu o já existente; reconstruiu a ponte do Sítio Baraúnas, e muitas outras coisas fez, o Prefeito Aloísio Souto Pinto, pelo progresso do Município, inclusive, por exemplo, a remodelação, em estilo ultramoderno, do leito  da Avenida Santo Antonio, principal logradouro da  cidade, dotando-se com seções de: lagos, floricultura, turismo, cascata, restaurante e anfiteatro tudo iluminado com lâmpadas a mercúrio, estas em postes distintos, revestidos de granito. Aliás, o término desta remodelação na parte oeste da referida avenida, está sendo concluído (novembro de 1963) pelo vice-prefeito Álvaro Alves da Rocha que, por sua vez, concluiu o calçamento da Rua Coronel Antonio Victor, calçou as ruas Capitão Vandeira e Alice Dourado e construiu uma galeria no final da remodelação acima dita até encontrar a já existente na Rua Melo Peixoto.

As rendas previstas no orçamento para o ano de 1960 foram de Cr$ 27.000,00, sendo arrecadados, inclusive Cr$ 5.396,820 de extra orçamentária, Cr$ 39.141,804; as previstas para o ano de 1961, em Cr$ 35.000,00, foram arrecadados, inclusive Cr$ 2.669,985, extra orçamentária, Cr$ 52.941,119; as previstas para o ano de 1962 em Cr$ 57.500,00, foram arrecadados, inclusive Cr$ 2.189,906, extra orçamentária, Cr$ 86.712,712;  as previstas para o ano de 1963 em Cr$ 86.500,00, foram arrecadados inclusive Cr$ 2.525,385, extra orçamentária, Cr$ 129.348,990; as rendas previstas para o ano de 1964, foram orçadas em Cr$ 202.000,00. (Fonte: História de Garanhuns | Alfredo Leite Cavalcanti | Fevereiro de 1973).