Dom Expedito chegou à Diocese de Garanhuns no dia 10 de fevereiro de 1955 e aqui viveu pouco mais de dois anos, selando aqui, com seu sangue, sua fidelidade a Cristo e à missão episcopal dele recebido. Sua memória entre nós pode ser resumida em três indicações fundamentais.
Ele foi Pastor segundo o Coração de Deus. As anotações por ele deixadas no Livro de Tombo da Diocese demonstram o seu zelo apostólico, que se desdobrou em verdadeiras missões populares por ocasião das visitas Pastorais às paróquias. "Preguei e à tarde ensinei e ouvi muitas confissões"... é uma das anotações recorrentes. Organizou a catequese, fundou a Obra das Vocações Sacerdotais, a Obra dos Tabernáculos para se ocupar das capelas mais desprovidas e pobres, ocupou-se da educação católica, escreveu nesse curto espaço de tempo. Ocupou-se da educação católica, escreveu nesse curto espaço de tempo. 30 Cartas circulares ao seu clero.
Ele foi um homem fiel a Cristo e à Igreja. Desde a chegada à Diocese, sua primeira preocupação foi a santificação de seu clero. Na Páscoa de 1956, ele escrevia a seus padres: "Inegavelmente o mundo e a sociedade precisam de sacerdotes, mas de sacerdotes que sejam antes de tudo homens de Deus, que pertençam só a Deus e por Deus sejam totalmente possuídos, homens desapegados de tudo e de todos, homens de espírito de oração e de sacrifício, homens de fé viva e de vida interior, cujo único ideal seja a maior glória de Deus e o bem das almas".
Sua morte foi consequência de heroísmo no cumprimento do seu dever episcopal, promovendo a defendendo a exigência de santidade do seu clero. Disso ele tinha consciência, quando, durante a agonia, pronunciou as palavras: "Meu Deus, eu vos ofereço minha vida pela diocese de Garanhuns, pelo seu clero e pelos seus seminaristas".
No encerramento do Ano Sacerdotal, promulgado pelo Santo Padre Bento XVI para a promoção da santidade de clero - Fidelidade de Cristo, Fidelidade do Sacerdote - faço votos de que esta pequena obra contribua para o conhecimento deste Sacerdote e Bispo que é honra da nossa Diocese, modelo e estímulo para todos nós no caminho da santificação. Seu processo de beatificação encontra-se em Roma e nutrimos todos a mais fervorosa esperança de vê-lo, um dia, em nossos altares.
Como seu sucessor na sede de Garanhuns, constato a cada dia como foram proféticos as palavras pronunciadas por Dom Mário Vilas Boas, durante os seus funerais: "Amou até o fim, tal como o Bom Pastor... O que poderia ser para a Diocese de Garanhuns uma memória para sempre amargurante, será, pelos designíos de Deus, uma lição sempre viva de aceitação integral do mistério da nossa Cruz. Estou certo de que a imolação de Dom Expedito frutificará numa messe copiosa para Deus, para Cristo e para a Igreja de Garanhuns".
Garanhuns, 1º de julho de 2010
53º aniversário do martírio de Dom Expedito e encerramento na Diocese do Ano Sacerdotal
Dom Fernando Guimarães (foto), 10º Bispo Diocesano de Garanhuns.
Organizadoras do livro: Irmãs; Cândida Araújo Corrêa, Maria Mirtes de Araújo Corrêa e Terezinha Araújo Corrêa - Instituto das Missionárias de Nossa Senhora Fátima do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário