quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Palmeira dos Índios

De Olavo de Campos*

Palmeira e sua casaria branca

Tem aspecto fidalgo de nobreza,

Dizem que é lá do sertão princesa

Matuta alegre, sacudida e franca.


Sei que todo tristor se nos arranca,

Quando, apenas, fitamos-lhe a deveza...

Cofre sagrado e onde a natureza

Todo um tesouro de beleza tranca.


Princesa do sertão, eu te saúdo,

Nesse teu clima perfumado e em tudo

Quanto o teu solo portentoso encerra;


No campo, do verzedo à serrania

Uma brisa que te beija e acaricia

E, enfim, nos teus filhos de tão boa terra.

Palmeira dos Índios, ano 1929.

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