sexta-feira, 18 de agosto de 2023

O Homem o destino

Garanhuns - Praça Souto Filho / Créditos da foto: Anchieta Gueiros

Dr. José de Vasconcelos Pontes*

O homem nasce, cresce, vive e morre. Um processo moral e natural. A vida, a esperança, o amor. A fé constrói, edifica, conforta. "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade" - O querer constante, o amor  ao próximo sem pensar em retribuição. A gama sublime de amar e querer... O homem, animal racional, dotado de inteligência capaz de suportar as fraquezas e injustiças geradas pela própria vida.

A vida conforme Vieira: "Uma lâmpada acesa, vidro e fogo, vidro que com um assopro se faz, logo com um assopro se apaga". - A beleza das coisas que contemplamos com os olhos e amamos com o coração e o espírito. Como é maravilhoso ouvir o canto dos  pássaros majestosos emitindo uma mensagem suave e maviosa abrandando o  coração. Luz resplandece através da  natureza com todo seu resplendor iluminando a mente daqueles privilegiados, encontrando respaldo suficiente para a  perfeição.

A prosperidade humana, recordo Vieira: "Que coisa é toda prosperidade humana, senão um vento que corre todas as direções? Se diminue não é bonança; se cresce é tempestade. A vaidade dizima e aniquila o homem. Nasce, cresce vive e morre. Ficamos velhos, cheios de rugas, cabelos brancos, os olhos não brilham mais; a velhice mostrando que  não somos nada, simplesmente pó para que  se cumpra a verdade evangélica. Somos enterrados na "cova", plantados como uma semente, recebendo sem protestar o túmulo frio. Ali está a realidade da vida; a morte do corpo que recebe a terra molhada, úmida pelo orvalho desprendido durante a noite, somos desintegrados pelo tempo, traçados por vermos que fazem "banquete" da nossa carne pútrida. Já não mais orgulho, nem vaidade. Afinal o que somos? De onde viemos? Para onde vamos? - Depende unicamente da nossa formação espiritual, da nossa vivência, de um coração humilde, da simplicidade arraigada no coração e também na certeza de que somos mortais, que não ficaremos eternamente aqui, que se faz necessário ser humilde e dispensar a ignorância do seu semelhante.

Quanto mais elevado é o espírito do homem mais sofre. É preciso que  por vezes permaneçamos sós face ao  nosso destino. Temos de compreender por nós próprios a experiência cotidiana; só depois de refletirmos é que tornamos conscientes de um amor autêntico e assim alcançar uma bem aventurança na vida do além.

Vivemos neste vale de amarguras,  ou vale de lágrimas com o pensamento firme de produzir uma autoeducação independente, honesta, responsável e  respeitosa, para si, e os outros. Aprender a reconhecer o valor do seu semelhante, respeitá-lo para ser respeitado, compreender que somos um conjunto cada qual com uma missão a cumprir.

Devemos exprimir nosso pensamento com todas as forças de nossa alma, do nosso espírito. Ser humilde e recordar as palavras do Divino Mestre: "Os  exaltados serão humilhados, os humilhados serão exaltados". - A vida é efêmera, nossos dias estão contados, nosso tempo urge, assim, pois todo homem deve entender que a vida não comporta dissabores, atritos, e sim união para a  perfeição.

*Advogado e jornalista / Garanhuns, 9 de Julho de 1983.

Foto: Garanhuns - Praça Souto Filho / Créditos da foto: Anchieta Gueiros.

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