Firmo de Santana
... E não me fez o tempo já passado
Esquecer-te, mestre, e a grande amizade.
Fiz te este canto com o olhar magoado,
Embebido de pranto e de saudade.
Evoco-te, teu dote sublimado
De artista me parece em realidade,
Pena à destra, douto, era o verbo ousado,
Ora em quebranto como a caridade.
"Mimo do Céu", inda me lembro: tanto
Carinho e amor; o perfume evolando
Das rosas d'alma em êxtase de encanto.
"Olhando o mar"... Sim; do Glauco profundo
O verso lhe vinha em ondas, rolando,
E soberbo, e gigante como o mundo.
Garanhuns, 04 de Junho de 1977.
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