Gonzaga de Garanhuns
Quando o trem dava partida
Seu apito eu ouvia
Só para vê-lo de perto
Ligeiramente eu corria
Era o trem passageiro
Que bastante ligeiro
As onze horas descia
Lá vem novamente o trem
Escalado a serrania
Como era meu costume
Só para vê-lo corria
Era o mesmo passageiro
Que serrando bem ronceiro
Pelas três horas subia
Pelas dez horas do dia
O trem de carga apontava
Um cesto contendo frutas
Numa vara pendurava
Com as frutas na cestinha
Logo pra beira da linha
Eu então me destinava
O maquinista contente
Aquela cesta pegava
Muita lenha, muita cana
Para mim ele soltava
Assim era minha vida
Na Tiririca querida
Aonde o trem passava.
Garanhuns, 11 de Abril de 1981
Foto: Antiga Estação Ferroviária de Garanhuns - Década de 1940. (Atual Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti).
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