terça-feira, 22 de agosto de 2023

Israel de Carvalho (Pedrinho)

A música não tem pátria, é universal. Os seus acordes devem ter surgido com o canto dos pássaros. O homem o repassa para os seus instrumentos musicais, tornando-se o enlevo dos seus semelhantes. Daí, vem a estima de uma comunidade para os que têm o dom de saber tocar bem, uma flauta, um piano, um bandolim, um violino. Entre esses bem dotados no mundo musical, vamos encontrar o Pedrinho, entusiasta da arte de Mozart, dedicando sempre as suas horas de ócio para dedilhar o seu violino, não um Stradivarius, mas, um similar. Ei-lo no coro da Catedral a participar com Padre Godoy, Horácio Vilela e outros, tocando música sacra, Ave Maria, quando não comparecendo à Sociedade de Cultura Severiano Peixoto quando das suas reuniões literárias, aos espetáculos teatrais do grupo Luís maia, com o seu violino acompanhado pelos filhos Cleone e Clóvis, tornando, em ambos, o ambiente mais  alegre. Era a sua modesta contribuição ao universo da arte e da cultura e de certa maneira bem valiosa. Não guardou para si os bons acordes do violino - o sol, ré, lá, mi, seguindo um dos virtuosos - Heifetz, mas, esteve nos colégios garanhuenses, na qualidade de professor de música, procurando formar novos valores.

Israel chega em Garanhuns nos fins da década de 1920. Comerciário. Inicialmente, em pouco tempo, vai pelejar sozinho, na qualidade de proprietário de uma pequena mercearia, sita na rua São Francisco. Toma por esposa Alice e do casal os filhos: Carmen, que foi integrante da Orquestra Sinfônica de Pernambuco, Clóvis e Cleone outros virtuosos no ofício do genitor.

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