segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Ednaldo Salles Alves (Didi)

Ednaldo Salles Alves (Didi)

Nasceu na rua Joaquim Nabuco nesta cidade, em 6 de maio de 1918. Filho de Caetano Alves e da Sra. Zélia Salles Alves. Em 1927, garotinho de apenas 9 anos de idade, iniciou a sua vida de gráfico (aprendiz) na tipografia "O Norte Evangélico", que ficava na rua Dantas Barreto com esquina para a rua Lídice em demanda ao Colégio Diocesano.

O seu mestre foi o próprio pai, o Sr. Caetano ou "Seu Caetano" como era chamado. Era um lutador destemido como foi seu filho Didi. "Seu Caetano" era gerente na época do Norte Evangélico.

Depois de deixar o Norte Evangélico por que assim desejou, entrou numa organização da presidência social e no dia  da morte do grande Bispo D. Juvêncio de Brito, em 31 de janeiro de 1954, assumiu o trabalho honesto, mas um pouco cruel de gráfico no "O Monitor", que pertencia na época à Diocese de Garanhuns. Era gerente o saudoso gráfico Edgar Santos e com sua morte passou a responder pela gráfica do aludido semanário pelo espaço de 16 anos. Nessa data, o Diretor era o padre Carício de Gouveia.

O esforçado Didi, com muita dedicação legalizou a firma e os funcionários, numa prova evidente do seu amor ao trabalho construtivo. Didi foi operador de cinema durante 25 anos, pois passou a trabalhar no Cinema Trianon de propriedade do dr. José Maria Dourado (Pipe Dourado), que tem nome de bairro em nossa cidade. Didi, que gostava também da arte cinematográfica, passou também a trabalhar na Empresa Jardim e especial no "Eldorado" até ser fechado.

Didi iniciou seus estudos no Grupo escolar Severino Ribeiro onde está localizado hoje o Palácio Celso Galvão (Prefeitura).

Coisa interessante em Didi, na sua vida de gráfico e de operador de máquinas de cinemas (mudo e falado), era que ele seguia religiosamente o ideal altaneiro de "Seu Caetano".  Didi era neto de Francisco Salles Vila Nova Melo, que por muitos anos gostava de fazer festas para dar presentes as crianças pobres desta cidade. Foi aposentado no "O Monitor", com 44 anos, 8 meses e 18 dias de serviço. Com a compra do jornal "O Monitor" pela prefeitura de Garanhuns, na gestão do prefeito Amílcar da Mota Valença, Didi volta à trabalhar até o ano de 1987. Foi um cidadão de firmeza de caráter e muito lúcido no trato da coisa pública. 

Didi era um amante das belezas naturais das Sete Colinas. Foi um operário primoroso que em todos os segmentos de sua vida profissional soube com dignidade ocupar seu posto. Sem dúvidas foi um sacerdote da profissão que abraçou, o ruído das máquinas que marcaram os períodos de sua vida. A sua permanência no trabalho era a garantia do bom funcionamento do jornal. Faleceu em 18 de julho de 1989. 

Foto: Ednaldo Salles Alves (Didi) - 61 anos dedicados às artes gráficas.

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