Nesta época, o ex-deputado Osvaldo Lima Filho era o Ministro da Agricultura de João Goulart e veio à Garanhuns para dar apoio ao professor Petrônio Fernandes que concorria com Amílcar. Não adiantou, o eleitorado da terra das Sete Colinas deu provas de sua independência e elegeu o "Matuto de São Pedro".
O Mercado 18 de Agosto leva esse nome em homenagem a data da eleição em que Amílcar da Mota Valença saiu vitorioso para seu primeiro mandato de prefeito
Prefeito eleito com esmagadora maioria inovou na administração pública, dando uma atenção especial a área da educação. Criou o Colégio Municipal Padre Agobar da Mota Valença, construiu pontes, bueiras e abriu estradas em todo município, tendo construído o Mercado 18 de Agosto, que leva esse nome em homenagem a data da eleição que o mesmo saiu vitorioso.
Amílcar conseguiu também a instalação em Garanhuns da Faculdade de Formação de Professores junto ao governador Paulo Guerra.
Em 1963, para a Câmara de Vereadores, surgirem novos nomes: Jaime Alves Pinheiro (391 votos), Ivo Amaral (745 votos) e José Inácio Rodrigues (311 votos) que conseguiram os seus primeiros mandatos. Ivo Amaral nesta eleição iniciava sua trajetória política em nosso município.
Os demais vereadores eleitos para o Legislativo Municipal: Álvaro Brasileiro Vila Nova (334 votos), Elias da Silva Barros (575 votos), Hermínio Sampaio de Melo (701 votos), João Bezerra Sobrinho (564 votos), José Francisco dos Santos (414 votos), José Guilherme da Rocha (355 votos), professor Levino Epaminondas de França (775 votos), Paulo Faustino de Albuquerque (211 votos), Rafael Brasil Pereira (459 votos) e Luiz Firmino da Silva (310 votos).
Quando Amílcar iniciou seu governo, o Brasil ainda vivia uma democracia. Mas eram tempos turbulentos, Miguel Arraes era tido como comunista em Pernambuco e João Goulart causava medo no centro do País, com o anúncio de suas "reformas de base".
O Golpe Militar de 1964, tirou do poder e exilou João Goulart e Miguel Arraes, extinguiu os tradicionais partidos, como o PSD, a UDN e o PTB, ao mesmo tempo que criou a figura do bipartidarismo. Surgiram então o MDB e ARENA, legendas que durante as décadas seguintes iriam dividir a nação.
Governadores passaram a ser nomeados, mandatos de prefeitos foram prorrogados, e assim Amílcar da Mota Valença governou Garanhuns até o final de 1968, ainda tendo forças para eleger o seu sucessor, Luiz Souto Dourado.
Fonte: Jornal Correio Sete Colinas.
Foto: Paulo Faustino, José Florêncio, padre Adelmar, Asnar Valença, Amílcar, Severino Guimarães, Valdemir Carvalho e Ivo Amaral.
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