João Marques | Garanhuns
A morte não está no desenlace, com o último suspiro. Está, ao longo da existência, com as contrariedades. Morrer em definitivo, do ponto de vista moral, é uma transição, como elucida a crença. Morrer paulatinamente é o desgaste físico, e principalmente espiritual, com os revezes.
Viver naturalmente é enfrentar constantes desafios. Maiores ou menores, as adversidades requerem espírito de luta e superação. Como na vida, tudo é cíclico, os contratempos vão e voltam. Ninguém está livre de sofrimento. Seria tudo circunstancial, se não se firmasse a razão das causas e efeitos... isto, universalmente, cabendo especificações, caso por caso, e consoante os encaminhamentos humanos. Enquanto a bonança é de alguns, de outros é desesperadora a situação.
O papel de viver é o de enfrentar constantemente contrariedades, que se compreendem no signo de cada um. Entretanto, há de se esperar por uma "salvação", ética e necessária, que trará a vida, na sua essência, livre de perturbações, e integrada ao plano superior da vida.
*João Marques dos Santos, natural de Garanhuns, onde sempre residiu, é poeta, contista, cronista e compositor. Teve diversas funções nas atividades culturais da cidade: foi Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, durante 18 anos, Diretor de Cultura do Município e, atualmente, é presidente da Academia dos Amigos de Garanhuns - AMIGA. Compôs, letra e música, o Hino de Garanhuns. Mantém, desde 1995, o jornal de cultura O Século. Publicou quatro livros de poesia: Temas de Garanhuns, Partições do Silêncio, Messes do azul e Barro.
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