Foi o seu avô Manoel Joaquim da Silva, residente em Recife, que em 1852 devido encontrar diversas pessoas com o mesmo nome e até um preso e processado, resolveu assinar a partir daquele ano por Manoel Joaquim da Silva Brasileiro.
Depois que o seu pai Antônio Cesário Brasileiro decidiu residir com a família em Palmares, Júlio Brasileiro continuou na cidade se dedicando a atividade comercial e agrícola, tornando-se proprietário de uma das maiores fazendas da região, a fazenda Brasileiro, localizada no município de Brejão, contabilizando mais de um milhão de pés de café.
Iniciou na política apoiando o partido do Dr. Luís Afonso de Oliveira Jardim, Juiz de Direito e chefe político de Garanhuns. Na eleição de 1911 para governador do Estado, apoiou juntamente com Antônio Souto Filho o General Dantas Barreto, se tornando dissidente do Jardinismo, consequentemente com a renúncia de Argemiro Miranda, na eleição de 30 de março de 1912 é eleito prefeito de Garanhuns com 1.128 votos, tomando posse em 22 de maio de 1912, ocasião em que renuncia o seu ordenado.
Na sua administração deu inicio a arborização da cidade, o processo de eletrificação e água encanada e sendo também inaugurada duas estradas de rodagens partindo de Garanhuns, terminando uma em Correntes e a outra em Águas Belas.
Ao concluir o seu mandato em 1913, foi eleito Deputado Estadual no ano seguinte. Como deputado estadual conseguiu a implantação do segundo telégrafo em Garanhuns, que ficava na Av. Santo Antônio, o primeiro estava localizado na Estação Great Western (Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti).
Em 10 de Julho de 1916 foi novamente candidato a prefeito de Garanhuns, numa eleição tumultuada, e de ameaças por parte dos seus correligionários contra os seus concorrentes. Embora tenha sido eleito com 1.114 votos, a oposição derrotada contestou, pois o Coronel Júlio Brasileiro era inelegível, pois não poderia ser candidato a prefeito antes do termino do seu mandato de deputado. O Governador Manoel Borba numa manobra política marca uma nova eleição para 07 de janeiro de 1917, a oposição discordando do governo retira a candidatura dos doutores Rocha Carvalho e Borba Junior.
Realizada a eleição em 07 de janeiro, o resultado sairia um mês depois, mas Coronel Júlio não chegaria a tomar posse, pois seria assassinado no dia 14 de janeiro no Café Chile em Recife, pelo Capitão Sales Vila Nova, que dois dias antes havia sido violentamente espancando quando retornava a sua casa por pessoas ligadas ao prefeito eleito, atribuindo Capitão Sales Vila Nova a Júlio Brasileiro como sendo o autor intelectual da surra. Capitão Sales Vila Nova viaja ao Recife para prestar queixa ao comandante de Polícia, e acaba encontrando Júlio Brasileiro no terrasse do Café Chile, a Praça da Independência, quando ocorre o desfecho fatídico.
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