Lauro Cysneiros* | Garanhuns, 24 de Setembro de 1977
Inda me lembro quando um certo dia,
Atravessando as ruas da cidade,
Uma cigana de avançada idade,
A minha sorte para ler pedia...
Naturalmente a mão eu lhe estendia...
E ela, com ares de sinceridade,
Um futuro repleto de bondade.
Em minha mão descortinava e lia...
Mas, decorrido o tempo ingratamente,
Fui no passado o que, presentemente,
Ainda sou... sem que a promessa visse...
E, finalmente, quantos desenganos,
Quanto sonho desfeito à flor dos anos,
Quanta mentira que a cigana disse.
*Poeta e historiador.
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