quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Cigana


Lauro Cysneiros* | Garanhuns, 24 de Setembro de 1977

Inda me lembro quando um certo dia,

Atravessando as ruas da cidade,

Uma cigana de avançada idade,

A minha sorte para ler pedia...


Naturalmente a mão eu lhe estendia...

E ela, com ares de sinceridade,

Um futuro repleto de bondade.

Em minha mão descortinava e lia...


Mas, decorrido o tempo ingratamente,

Fui no passado o que, presentemente,

Ainda sou... sem que a promessa visse...


E, finalmente, quantos desenganos,

Quanto sonho desfeito à flor dos anos,

Quanta mentira que a cigana disse.

*Poeta e historiador.

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