Iniciamos com a presente edição o programa editorial do Arquivo Público, em nosso governo. Assumimos compromissos com a Cultura, vamos resgatá-los. Será o arquivo um dos instrumentos desse esforço e dessa luta. Estamos, praticamente, duplicando o seu espaço útil para que volte a recolher documentação nova. Um Arquivo estagnado começa a morrer. Temos responsabilidades com a memória de Pernambuco. É preciso organizá-la para que o passado se una ao presente e os dois, sinfonicamente, construam o futuro. Um povo sem História é tão patológico como um indivíduo amnésico. O Arquivo é o guardião desse tesouro, a segurança do testemunho irrefutável, para edificação da posteridade.
O livro do professor Mário Márcio procura reconstituir um dos mais trágicos episódios da nossa vida política. É um esforço pioneiro, destinado a provocar outros estudos e esclarecimentos. A "Hecatombe de Garanhuns" estava pedindo uma exegese alta. Aqui começa ela a ser feita.
Uma coisa nos gratifica, particularmente, nessa obra. Nasce da cooperação de duas Secretarias, a da Justiça e a da Educação, Cultura e Esportes, juntando forças para o aproveitamento de recursos, vencendo a pobreza pela arte maior da administração.
O Arquivo com sua revista, sua divulgação documental, suas conferências, seus livros, sua vigilância, está de volta. Se queremos que Pernambuco cresça, a tradição, mais do que nunca, se faz necessária. Não será uma afetação de esnobes: é uma pulsação vital.
Joaquim Francisco
Governador de Pernambuco
Janeiro/1992.
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