segunda-feira, 17 de junho de 2024

A crônica de um relógio que é a cara de Garanhuns

Relógio de Flores de Garanhuns na década de 1990

José Rodrigues da Silva*

Conta-nos a história que o então secretário de Turismo, Cultura e Esportes de Pernambuco, Francisco Bandeira de Melo, em viagem à Suíça, viu em uma cidade daquele país, parecida com a nossa, um Relógio de Flores. Fotografou-o e na volta apresentou ao Prefeito da época, Ivo Amaral, que tratou, imediatamente, de concretizar a ideia e fazer os procedimentos para a implantação do mencionado relógio em nossa cidade.

O Relógio de Flores, em moeda da época, custou CR$ 420.000,00 (quatrocentos e vinte mil cruzeiros). O seu equipamento é de fabricação nacional, da marca Dimer Tagus; na construção da obra tomou parte a equipe da Empetur, com a participação de técnicos da Prefeitura de Garanhuns, a saber: engenheiro João Inocêncio, arquiteto Marcílio Maia, e o secretário de Planejamento, professor Jaime Pinheiro.

Pronto e implantado o relógio, tomaram parte do evento de inauguração, no domingo 25 de janeiro de 1981, com a presença do secretário Francisco Bandeira de Melo e o presidente da Empetur, Ricardo Costa Pinto, todos os secretários municipais, grande parte da população da cidade e autoridades municipais, estaduais e federais que ali se encontravam para ver a beleza da obra.

O Relógio de Flores, obra construída por Ivo Tinô do Amaral, com 25  anos de existência, ainda hoje causa admiração à todos que o visitam. O Relógio de Flores, único no Norte/Nordeste, dá a impressão de que é uma estrela caída do céu em forma de brinco de ouro, colocada por Mão Divina em orelha de Virgem. Quem vier à Garanhuns e não visitar o mencionado medidor de horas e minutos não pode sair dizendo que visitou a nossa Suíça Pernambucana. Ivo Tinô do Amaral foi o prefeito que, até hoje, nenhum outro conseguiu superá-lo.

Em se tratando de cultura, foi o criador do Festival de Inverno, das grandes festas juninas. Construiu praças importantes e reformou outras tantas. Entre elas, destacamos a Praça Tavares Correia, pedestal do Relógio de Flores.

O tempo é implacável, o Sol é escaldante, a chuva é fria, mas nenhum destes fatores da natureza, até hoje, conseguiu apagar o esplendor das obras construídas por Ivo Tinô do Amaral, quando prefeito de Garanhuns.

O relógio do qual estamos falando nasceu no meio das rosas de uma cidade das flores, chamada Garanhuns.

*Jornalista, professor  e historiador / Garanhuns, janeiro de 2006.

Foto: Relógio de Flores na década de 1990.

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