quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Individualização


Dr. José Francisco de Souza*

Individualização não é apenas individualizar as coisas. Preferi-las como posse efetiva dos nossos desejos. Nem sempre desejamos o melhor. Surgem outras escolhas também impróprias. Coisas de intenção fictícias inspiradoras do que pensamos existir em nós. Essa ilusão daquilo que se passa em nosso mundo não é para usarmos a nossa liberdade. Aqui precisa de um conceito logístico à execução dessa importante tarefa. A área do entendimento pelo consenso psicológico, é sem dúvida o aplicável.

UNIVERSO MORAL

A caracterização desse fato emocional é o respeito à liberdade dos outros. Esse processo é identificável. Possibilita ao homem se afirmar. Já é algo de respeito que devemos ter por nós mesmos. Quando a liberdade de outra pessoa não tem oportunidade de se manifestar, a nossa permanece comprometida. Essa projeção do sentido de liberdade, não é um fato isolado. É o reflexo da ânsia daquilo que pertence ao domínio do nosso universo moral. Devemos aprimorar esse sentimento até mesmo cultivá-lo dentro dos limites das nossas restrições.

Esse é um conceito que não conhece limites e nem fronteiras. Em toda parte em em que exista uma entidade humana a sua liberdade de pensar e agir livremente deve ser respeitada. Não pode ser cerceada por "clichês" de qualquer natureza política ou social. É um dos aspectos da eternidade da vida de outras vidas humanas. Que existem com projeção da consciência universal. Esse roteiro mágico não renuncia a sua divisa que é a afirmação de que todo ser humano é pontilhado de luz. Seu valor é intrínseco, indeclinável. E de individualidade ímpar.

INDIVÍDUO SOCIAL

É a vitória de  estar vivo porque outro poderia viver em seu lugar. Viver já se revela como manifestação de ser vitorioso na escala biológica e social. O ser vivente é portador de vários segmentos do mundo genético de sua espécie. Esse motivo determinante é o imperativo do ordenamento do segredo da natividade: Herodes era um monstro, mas foi um rei. Cristo, nasceu numa manjedoura, filho de um carpinteiro, e foi o maior Espírito que encarnou aqui na Terra. Agora, pelo Natal, examine-se a diferença e o porquê... Tem que haver uma explicação para tudo isso. Basta que o espírito de um mundo maior se manifeste, e ilumine as nossas consciências.

O indivíduo social é um produto da cultura objetiva, cercado dos bens de cultura que constituem objetivamente a civilização. Mas acima da civilização pairam as ideias e as aspirações do espírito humano, sôfrego por evoluir e se libertar dos esquemas por ele mesmo construídos. A sua tendência natural é libertar-se de todas as restrições que venham marcar a sua conduta de ser que nasceu para ser livre.

"Somente os indivíduos capazes de romper o círculo dos bens culturais podem conceber a utopia como alguma coisa transcendente e não imanente a esses bens. Essa capacidade de transcendência é comum a todos os homens, mas só atinge a sua plenitude na proporção em que o indivíduo - social rompe o casulo das convenções, em que gostosamente se fechou, para abrir as asas de borboleta da individualização mediúnica. Depois disso, poderá tornar-se, e forçosamente se tornará, um indivíduo espiritual. Foi o que aconteceu com os profetas hebraicos". (Advogado, jornalista, cronista e historiador | Garanhuns, 22 de dezembro de 1984).

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