Maurilo Campos

Faleceu em Recife, na tarde da quarta-feira, 3 de março de 2004. Não quis o destino que ele completasse 77 anos. Nascido em 8 de março de 1927, faltavam apenas 5 amanheceres, para essa idade. Garanhuense, viveu amando esta cidade, defendendo-a e, sobretudo, vivendo, como poeta vive. Poeta, compositor, artista plástico. Amigo, talvez mais do que tudo.

Membro da Academia de Letras de Garanhuns, como ocupante da cadeira 10, do patrono, Ruber van der Linden. Deixou excelente trabalho literário sobre esse outro grande garanhuense. Poeta assim também, e defensor desta cidade, Maurilo foi Presidente da Academia e do Grêmio Ruber van der Linden, construindo um prédio anexo ao principal onde funcionou ateliê de pintura. Escultor, restaurou a menina da Praça João Pessoa. Poeta deixou um grande número de poemas publicados em O Monitor e no Jornal de Garanhuns.

O Hino do Colégio Estadual Professor Jerônimo Gueiros, foi feito por ele, Maurilo Matos. Outras músicas, inclusive uma sobre Garanhuns, foram feitas por ele. Não cantava. Sorria.

Dentista, mas sua principal profissão era professor. Professor de Química, do Colégio Diocesano de Garanhuns. Maurilo, de admirável habilidade, fazia móveis e tudo que lhe desse na cabeça. Às vezes, humorista. Seu estilo literário trazia grande dosagem de ironia.

A Academia de Letras de Garanhuns, pretende publicar os seus poemas, em obra póstuma. Homenagens, lembranças se perpetuarão, aqui, ao poeta, que foi sepultado no recife, no Cemitério da  Várzea. Maurilo Campos de Matos não será esquecido, porque foi um homem da terra, que ilustrou a terra, como poeta e homem bom.

O Monitor, que guarda grande parte do acervo de sua obra, sensibilizado, abre nesta página a sua memória. Garanhuns continua bonita, com suas flores, na terra, e  as estrelas que, pouco a pouco, vão se  mudando para o céu. (João Marques / 6 de Março de 2004).