quarta-feira, 2 de agosto de 2023

João Correia Filho

João Correia Filho
O conhecimento deve  ser  ao alcance de todos. É o que nos fornece a maior soma das noções de que  nos valemos em nossa existência cotidiana. O conhecimento por princípios ocupa um campo restrito do nosso viver comum. O filosófico representa quase uma exceção. A maior parte de nossa vida se realiza no campo das nossas atividades que podem ser específicas ou vulgares. O conhecimento  vulgar não significa conhecimento errado ou errôneo. Pode ser um ato de experiência, então vive-se um momento exato. Todo momento é integro e acabado em si mesmo. No mundo da nossa profissão, há exemplos bem expressivos do conhecimento empírico... Daquele que vai adquirindo conhecimento do Direito à medida que os  casos reclamam sua atenção. É um ato de capacidade fortuita de fatos, sem procura deliberada. Nexo essencial de experiência atributiva.

Esse envolvimento com os nossos próprios problemas é ato de consciência intelectual. Em certos casos são momentos culminantes da espécie humana. Implica em se investigar os motivos do entendimento. O jornalista é um exemplo comovente de um destino que se renova todas as horas.  É um conjunto de beleza e de formas da vida em sua plenitude. João Correia Filho, nesse sentido é uma  das figuras mais expressivas pelas suas virtudes intelectuais. Espírito público de alto porte. 

Em Roraima é uma integração de seu progresso em todas as dimensões. Seu livro: "Bem-Querer" - Integração e Desenvolvimento", é trabalho de pesquisa do aproveitamento telúrico da Região. "A par desses fatores integracionistas regionais surge, em maior amplitude, a possibilidade de integração e intercâmbio com as repúblicas da Venezuela, Guiana e Região do Caribe, já interligadas com o Território federal de Roraima por malha rodoviária."

Mereceu referências de alto destaque, o brilhantismo de seu ordenamento jornalístico. Escritor de larga visão no que se relaciona com o patrimônio histórico do Vale do Rio Branco, hoje Território Federal de Roraima. Situação geográfica, limites, clima, população. Ensino, corpo docente. Agricultura, pecuária, pesca, extrativismo vegetal e mineral. E ainda franco desenvolvimento da cultura intelectual através de conferências e outras maneiras de se constatar os recursos do mundo de inteligência de seu povo. Este é o reflexo da observação humana do grande jornalista e homem de letras. Temos recebido livros seus  e de outros escritores da terra, com dedicatórias muito generosa e comovente: "Manaus-Boa Vista", trabalho muito bem delineado talvez o mais  completo no gênero pelo seu variado aspecto. É um livro de linguagem e estilo dignos de um escritor como: João Mendonça de Souza (da Academia Amazonense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas).

Ele nos indica um reajuste assim de impulsos precisos fixos, exatos à justeza e pontualidade. "Edificação firme", crescimento da economia. Vitalização no intercâmbio de bens. Expensão de mercado de trabalho de acordo com o aproveitamento dos recursos naturais. Pontifica o escritor  do alto de sua cátedra: "A Amazônia Ocidental, depois dos séculos de marasmo e abandono é, hoje, uma região continental entre o Atlântico e o Pacífico, em fase de completa e íntegra rearticulação."...

João Correia Filho, talvez tenha contactado as suas ideias no sentido de coordenar as amplas possibilidades de seu universo intelectual. Dai, o seu destaque como homem de letras, humanista, a ponto de ser o único civil em Roraima que recebeu a Medalha do Pacificador. O Jornal "Boa Vista" o surpreendeu no seu escritório de trabalho, publicando o seu retrato, como destaque de sua imagem e de seu mérito. Dos títulos conquistado, pelo nosso escritor: João Correia Filho para nós deve  ser a integração de sua personalidade como paisagem moral do seu universo.

*José Francisco de Souza / Advogado, jornalista e historiador / Garanhuns, Abril de 1981.

*O garanhuense João Correia Filho (foto), residiu por muitos anos em Boa Vista - Roraima. Em 1981 foi agraciado com a Medalha do Pacificador. João Correia na época era diretor-presidente das Centrais Elétricas de Roraima. Foi o único civil daquele Estado que recebeu a Comenda. Por muito tempo colaborou com o Jornal O Monitor, de Garanhuns.

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