O apelido “Lavandeira do Agreste” é uma homenagem a um pássaro muito comum nas proximidades de Garanhuns"
A AGA já nasceu predestinada a ser a maior e melhor agremiação sócio esportiva do Agreste Meridional, além de seu extraordinário conceito em todo o Norte/Nordeste. "A nossa AGA querida" como dizem os versos do hino agueano, de autoria do maestro Luiz Figueiredo, surgiu de encontros quase diários dos sete idealizadores.
Os rapazes da época queriam ter um time competitivo para excursionar aos município vizinhos e, ao mesmo tempo, mais uma agremiação social. Inicialmente, foi ventilado o nome de São Cristóvão e depois de alguns artigos publicados pelo jornalista Hibernon Wanderley, em "O Jornal" (publicação local) contrários a escolha, mudou-se para Associação Garanhuense de Atletismo (AGA), com as cores originais azul e branca. O livro oficial de fundação foi assinado por 51 sócios-fundadores. O escudo que ainda permanece até hoje foi desenhado pelo fundador Anthero Wanderley. Os sete idealizadores consideraram na época "um sonho realizado" a fundação da AGA.
A primeira diretoria eleita na sessão de fundação. além de Joaquim Maurício Wanderley e José Gaspar da Silva, estava integrada pelos seguintes membros efetivos: vice-presidente - Mário Lyra; 1º secretário - Carlos Wanderley; 2º secretário Josemyr Rosa Correia; tesoureiro - José Mota da Silva Rosa; vice-tesoureiro - José Bezerra Neto; orador - Sátyro Ivo Júnior; vice-orador - Jayme Luna; diretor de esportes - Lourival Wanderley; vice - Manoel de Souza e Silva; diretor-técnico - sargento Amâncio Nunes da Silva; vice - Severino Pessoa de Albuquerque; comissão de Polícia - Adhemar Travassos, Alfredo Leite Cavalcanti, Aloysio Gomes Cabral e Odilon Barbosa de Queiroz.
De 1930 até 1941, as cores da AGA eram azul e branca. Neste ano, a Associação Garanhuense de Atletismo assumiu parte do acervo do Comércio Futebol Club, inclusive o imenso terreno da Avenida Rui Barbosa e como parte do acordo a AGA passou a ser preto e branco, as antigas cores do Comércio. Dois grandes ex-presidentes, entre tantos outros: Antonio Pereira, adquiriu a antiga sede da rua Dr. José Mariano que ara alugada e onde durante um baile de Carnaval ocorreu um grande incêndio. O outro foi José Bezerra Sobrinho que construiu a atual sede da AGA na Avenida Rui Barbosa. No primeiro governo Miguel Arraes a sede atual quase era tomada, pois o Executivo Estadual alegava débito com o Bandepe. Feita uma campanha entre agueanos e garanhuenses o valioso patrimônio foi finalmente salvo.
Durante sua existência, a AGA teve grandes baluartes e abnegados. Vamos citar apenas os antigos: Tranquilino Viana, ocupou diversas diretorias, entre elas vice-presidência e secretaria. Ao lado de Stelino Araújo, arrecadava fundos para manter o astral da agremiação. Pericles Santos, José Viera, Miguel Figueiredo, Lourival Wanderley, Adhemar Pires Travassos, Anthero Wanderley, Deusdedith Maia, Francisco Sady Orani, José Figueiredo de Freitas, Dorval Santos, José Mota, Jayme Luna (considerado secretário perpétuo) e Aloysio Gomes Cabral.
Mais alguns nomes de grandes agueanos do passado: José Gaspar da Silva, Álvaro Viana, Mário Matos, Anísio Pinto, Epitácio Cordeiro Pessoa Cavalcanti, Pedro da Silva Maia, Júlio Pires, Orlando Wanderley, Aguinaldo Barros e Silva, Ivo Tinô do Amaral, Onias Lima e Severiano Morais Filho, em cuja gestão ocupamos cargo na diretoria. A pesquisa foi mais sobre os primeiros 35 anos de existência da AGA, mais ou menos até o ano de 1965.
*Marcílio Viana Luna / Jornalista, cronista e historiador / Garanhuns, 7 de Setembro de 2002.
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