sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Cabana: um grito a natureza


Genivaldo Almeida Pessoa* | Garanhuns, 2006

MORO AQUI! Rodeado pelas árvores, rios, pássaros e, meu cão pulguento. Acho eu até que sou único ser humano da  terra... O ar que respiro, conforta os meus pulmões. Este corpo "escultural" em formas de ser humano, privilegiado pela racionalidade do pensamento e, da inteligência, absorve a magnitude da natureza, hoje tão agredida...

"Peço-a em casamento"...Coitada: abatida, também me abate. Indefesa, o machado fica submisso à vontade mórbida de mercenários e, as coisas mais bonitas do natural são estupradas lentamente.

Cabana!... Moro nessa cabana, absorto em meus  pensamentos. Relembro, que se a raça índia, com seus guerreiros, "ungidos" pelos seus feiticeiros, comandados pelos seus bravos caciques, capitulam ante "brancos" selvagens; sujeitos muito mais estamos, quando cognominados de "brancos, inúteis e famintos.

Sujeitos estamos então a todos os tipos de  chantagens. Expostos às mentiras, para atender interesses financeiros dos mais poderosos. Quanto mais sinto esse "branco" que sou, mais me reprime a tristeza, na certeza de que em breve em volta a minha "CABANA", não haverá mais  sombra...

*Professor, poeta e escritor. 

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