Corria o ano de 1949, assinalando o encerramento de mais uma década. Um período difícil. Havia sido a época em que a Segunda Guerra Mundial havia terminado, mas deixara em todo mundo as sequelas da sua constrangedora passagem. Daí entender-se que tudo era difícil, sempre caracterizando as tarefas e o trabalho por ingentes sacrifícios. No final daquele ano assume a direção do Quinze, o Reverendo Malcoln Watson. Trazia consigo dos Estados Unidos a sua esposa Luela, entusiasta professora, voltada para o magistério e para a obra missionária que o marido vinha realizar. Malcoln sobressaiu-se no Colégio Quinze por muitas ações, destacando-se o seu entusiasmo pelos esportes e pela vida ao ar livre. "Mens Sana In Corpore Sano" a premissa Grega, era também o seu fanal. Com ele o Quinze teve a construção de sua Quadra Coberta, já na época uma das melhores de todo Norte e Nordeste do País. A prática dos esportes, fora por isso mesmo, bastante incentivada com a ação de Watson Malcoln e sua esposa Luela. No ano seguinte, (quase dois de trabalho), motivos relacionados com a enfermidade, levaram de volta aos Estados Unidos o casal. Era o ano de 1950.
Dr. Edwin Raynard Arehart, chegou para o Colégio no ano seguinte à saída dos Watsons. O ano de 1951. Além de professor emérito, Mestre em Teologia, o Dr. Arehart era pastor formado e muito dedicado. A sua esposa dona Frances foi igual a tantas outras uma ajudadora em todos os afazeres do grande educandário. Também era culta e dedicada aos estudos, além é claro de cuidar da casa e do marido. O casal Frances e Raynard já havia viajado pelo Brasil e trabalhado em alguns pontos, com missionários. Conheciam um pouco mais a língua e os costumes. Em várias rincões do Brasil, o professor e reverendo Arehart havia exercido o seu profícuo ministério da Pregação, como um cultor da filosofia e da teologia, matérias que tinha razoável domínio e conhecimento e que aplicava em suas pregações. Como Diretor do Colégio até o ano de 1954, o Dr. Arehart pode exercitar os seus conhecimentos administrativos e segundo testemunhos da época, pode implantar avançadas técnicas de ensino. Ao lado desse trabalho que marcou o seu período conseguiu o desenvolvimento de uma severa disciplina com os alunos, tratando-os contudo, com amenidade, carinho e amor. Sério, correto, porém meigo no trato e delicado nos gestos.
Entre 1954 e o ano seguinte assumiu a direção do Colégio Quinze o Reverendo Donald Willians. Considerado um diretor austero e carrancudo, foi mais rigoroso na disciplina do que muitos dos seus antecessores. Foi considerado um bom administrador. Ficou porém apenas um ano na direção do Colégio. Outros compromissos na sua terra natal, os Estados Unidos, levaram-no de volta nos meados do ano de 1955. Nesse mesmo ano assume a direção o Reverendo Hodge Smith que dirigiu a instituição apenas o restante do ano em que havia nomeado o reverendo Donaldo Willians. O Dr. Hodge Smith conseguiu manter o ritmo de trabalho e o nível de disciplina alcançado pelo seu antecessor. Despontava o ano de 1956. Nos albores do mesmo, um nome despontaria também na trajetória do Colégio e que marcaria também a sua passagem: Jule C. Spach.
*Marcílio Reinaux / Advogado, escritor, professor e historiador / Recife, 31 de Agosto de 1985 / Jornal O Monitor.
Foto: Reverendo Edwin Raynard e Frances Arehart. Créditos da Créditos da foto: Blog Terra do Magano.
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