terça-feira, 25 de julho de 2023

Ronildo Maia Leite

Ronildo Maia Leite

Nasceu em Garanhuns, em 30 de outubro de 1930. Estreou no jornalismo aos 13 anos de idade, em Garanhuns, sua cidade natal, no extinto "Garanhuns Jornal". Em 1951, ingressou no "Jornal Pequeno", do Recife, de onde saiu, em 1955, para o "Diário de Pernambuco". Formado pela primeira turma de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco, foi laureado na Cadeira de Técnica de Jornal, recebendo o prêmio instituído pelo Moinho Recife. Em 1963, foi secretário de Redação da Última Hora, Edição Nordeste, cuja circulação foi interrompida pelo movimento militar de 1964. Foi preso no instante em que preparava, ao lado de Múcio Borges da Fonseca e Eurico Andrade, uma edição extra sobre a resistência dos governadores nordestinos.

Durante três anos, foi redator da Abaeté Propaganda, impedido que esteve de exercer a profissão e por recusar se transferir para a Imprensa do Sul do País. Foi copydesk e depois, editor de Esportes do Diário da Noite. Entre 1967 e 1970, ocupou a Secretaria de Redação do Vespertino da Empresa Jornal do Commercio, conquistando dois dos três prêmios nacionais de melhor manchete, conferidos pela Northon Publicidade, com os títulos de primeira página: Um Branco Fuzilou a Paz (assassinato de Martin Luther King) e Praga Vermelha: é o sangue dos jovens (invasão da Tchecoslováquia pelas tropas russas). Em 1971, foi repórter da sucursal Recife da revista Veja e colaborador de IstoÉ. Chefiou a Redação Norte-Nordeste de O Globo, por 19 anos, e escreveu, por dois anos, a Crônica da Cidade, para a TV Globo Nordeste.

Ganhou quatro Prêmios Esso: com as reportagens "A Cidade Invicta" (a experiência democrática do Recife em 1945) e Exu - 200 Ano de Guerra (a luta entre as famílias Alencar e Sampaio, de Exu), ambas publicadas pelo Diário de Pernambuco; 10 anos da Anistia e Pernambuco no centro do golpe, cadernos especiais produzidos pela equipe do Jornal do Commercio; além de uma Menção Honrosa, do mesmo prêmio, com o texto Baleia dando sopa na costa, japonês fisga, publicado na Revista do Nordeste.

Foi durante 15 anos, titular da coluna Bom-dia, Recife, no Jornal do Commercio. Assinou a mesma coluna no Diário de Pernambuco. É cidadão do Recife por decisão unânime da Câmara Municipal.

Tem vários livros publicados, entre eles, Recife Cruel, Ó... (1982); O Destino das Ruas (1985); História de um Jornal que Morreu ou Ascensão e Queda de Miguel Arraes (1987); A Cidade Invicta (1987); Abelardo de Todas as Horas (1988); A Guerrilheira Perfumada (1990); O Céu Existe Entre Sete Colinas. Garanhuns é de Lá (1994); Se alguém perguntar por mim... diz que fui por ai (1995); A Geografia da Luz, História do Rio São Francisco (1996); Exu, 200 Anos de Guerra. História das brigas entre as famílias Alencar e Sampaio (1998); Três histórias de uma praça e uma notícia de guerra (1999); Às de todos os naipes (1999).

Diploma Mérito Cultural conferido pela Fundação de Cultura de Pernambuco, Diploma de Memória Viva do Recife, da Fundação de Cultura do Recife, Medalha comemorativa dos 40 anos da Fundação Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, entre outras honrarias. Morreu no Recife, em 05 de julho de 2009, um ano depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral.

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