domingo, 30 de julho de 2023

Jones Figueiredo evoca infância em Garanhuns

O desembargador Jones  Figueiredo Alves (foto) ministrou a aula magna de instalação oficial da Faculdade de Direito de Garanhuns, no dia 06 de setembro de 2004, no auditório do Círculo Militar da cidade.

A sessão solene foi presidida pelo prefeito Silvino Duarte, que comentou de forma sucinta a importância e abrangência da ciência jurídica nas relações humanas, organização social, política e econômica do mundo contemporâneo. Destacou o significado da nova instituição para a vida e o povo de todo o Agreste Meridional: "Garanhuns estabelece um marco importante no ensino acadêmico de nossa cidade".

Em seguida, o prefeito, em gesto de agradecimento e homenagem, fez entrega de três placas; à estudante Sâmara Pollyana Brito Tavares, primeiro lugar no vestibular de Direito; à professora Eliane Simões, presidente da Aesga, "que tem sido um marco na história desta instituição"", e ao desembargador Jones  Figueiredo Alves, "um garanhuense de coração".

LEMBRANÇAS DA INFÂNCIA

A aula magna, para alunos, familiares, autoridades e convidados, dividiu-se em duas partes: na primeira, em tom telúrico-sentimental, Jones Figueiredo lembrou o seu tempo de menino, aluno do Colégio Diocesano de Garanhuns, onde estudou até os 17 anos de idade, quando, ao concluir o Curso Clássico, em 1965, transferiu-se para o Recife a fim de cursar as faculdades de Direito e de Jornalismo, simultaneamente.

"Deixei fisicamente Garanhuns, naquele dezembro de 1965, mas minha alma aqui ficou, encantada sob as colinas desta cidade, qual sonho de vida e de juventude, em caráter de permanência, confessou".

Depois das lembranças desse tempo, para ele inapagável, dos amigos, dos mestres, os primeiros passos que ensaiou na crônica jornalística apresentando programa na Rádio Difusora de Garanhuns, Jones Figueiredo, que é um dos co-autores da  redação final do novo Código Civil Brasileiro, falou sobre o direito na vida de cada um e da sociedade humana como um todo. Enalteceu o esforço das autoridades na condução do processo de fundação da nova Faculdade de Direito, especialmente o prefeito Silvino Duarte e a professora Eliane Simões.

Em seguida, Jones  Figueiredo autografou o livro "Questões Controvertidas do Novo Código Civil", do qual é co-autor.

O presidente da OAB-PE, Dr. Júlio Oliveira, destacou a importância da nova instituição de ensino e pesquisa, para toda a região agreste: "Garanhuns sempre teve destaque em vários setores de atividades. O compromisso agora fica maior, com a  cultura jurídica", disse referindo-se à nova instituição. registrou que a OAB não poderia deixar de estar aqui testemunhando este fato histórico, como parceira da nova Faculdade e que esperava daqui a cinco anos estar de volta para celebração do reconhecimento oficial da Faculdade de Direito de Garanhuns, pelo MEC. Lembrou, ainda, "o empenho da administração Silvino Duarte, na condução do processo da nova instituição, bem como a figura do garanhuenses Urbano Vitalino Filho, cuja morte, prematura, consternou a todos, ele que, além de grande advogado, "era um cidadão do mundo".

Após a abertura da sessão, executou-se o Hino de Garanhuns (música e letra do poeta João Marques, presente), seguindo-se a entrega de placas à estudante Poliana Tavares, primeiro lugar no concurso vestibular da primeira turma da nova Faculdade de Direito; a professora Eliane Simões, coordenadora do processo de criação e aprovação da nova instituição e presidente da Autarquia de Ensino Superior de Garanhuns - AESGA;  e ao desembargador Jones Figueirêdo Alves, pela aula magna de abertura.

Dezembro de 1968 - Da esquerda para direita: Manoel Neto Teixeira, Marcílio Viana Luna e Jones Figueiredo Alves, quando os três posavam lado a lado, no hall da Universidade Católica, por ocasião do descerramento da placa de formatura dos bacharéis em Jornalismo daquele ano, turma da qual faziam parte.

Marcílio Viana Luna, Manoel Neto Teixeira, durante a posse do Desembargador Jones Figueiredo Alves (centro) como presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco em 2008.

Fonte: Multivisão (Cultura, Comunicação e Literatura) Tomo III / Manoel Neto Teixeira / 2009. Acervo: Memorial Ulisses Viana de Barros Neto.

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