A noite é fogueira extinta
A brisa uma fagulha sequer.
A brisa faz a sua festa,
Cantando a triste seresta,
Sem violão, sem mulher.
O poeta solitário,
Envolto neste sudário,
É o astro da ilusão.
A sua luz só tem brilho
Numa plangente canção.
Oh! Noite fria de inverno,
Tu não paras de chover.
Por teu pranto a terra espera
Pra fulgir o florescer.
Noite fria de minh'alma,
Tu não para de chorar.
Só resta uma esperança:
É saber que, na lembrança,
Saudade há de brotar.
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