Alberto da Silva Rêgo*
"Meninos, eu vi", a discursar, o Batatinha;
Sua esposa, minha madrinha Carminha.
Político, na defesa de sua terra natal;
Origem: mochileiro, um cidadão legal.
No Dia da Pátria, sim, ali dignificado,
Festa cívica, todo ano, banda a tocar
Hino Nacional, o povo emocionado,
E os sons se espalhando pelo puro ar.
Batendo palmas, os unhanhuns se alegravam.
Crianças, as verde-amarelo agitavam.
O sol no céu a luzir, dia de intenso verão.
Quão festiva a sociedade de então!
Palavras fortes e cadentes, ali se ouvia,
E os "viva o Brasil, viva o Brasil" ecoavam
Serra abaixo, panorama que se sentia
Alegre. Os sentimentos do ser vibravam.
Quantas saudades, saudades, dias sem idade,
Relembrando, ao seu jeito, uma figura
Ímpar, de uma hodierna sociedade.
Voz cadente e, sobretudo, bem segura.
O palco, o Monumento da Independência
No alto da Boa Vista, nossa terra natal.
Relembro, relembro, uma data sem igual
Na nossa querida e bem amada infância.
Fortaleza, 10 de Abril de 2001.
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