Valdir Marino
O bairro da Boa Vista
De Garanhuns e terceira rua
De cima linda paisagem
Onde os olhos flutuam
Formava-se uma colina
Emergindo da neblina
Deixando a cidade nua
No alto o momento
Saudando em reverência
Apelidado de Loly Pop
Por americanos de ciência
Em português pirulito
Um doce no palito
Monumento da independência
São Sebastião
Da igreja o padroeiro
Demorou na construção
Pois lhe faltava dinheiro
Santo forte de pouca veste
Curando o povo da peste
Um santo milagreiro
Praça Dom Pedro
Tempo sem eira nem beira
O povo foi aumentando
Comunidade altaneira
Necessidade da família alimentar
Foi preciso concentrar
Da cidade a primeira feira
Bairro da Boa Vista
Do cemitério São Miguel
De Luís e de Simôa
De Calheiros e Manuel
No planalto da Borborema
Como tela de cinema
Descrito no papel
Boa Vista dos coronéis
E comerciante afamado
Tirar dali a feira
Era como tê-los matado
Na decisão resistência
Depois de muita insistência
Para o centro foi colocado
Bairro de algumas fontes
De água pura e cristalina
Onde o vento balança
Os cabelos da menina
De noites cheia a lua
Os seresteiros na rua
Até que a noite termina
Bairro da Boa Vista
Da Sete Colinas a Voz
Num grito do Ipiranga
Liberdade para todos nós
Filhos de tuas casas
É como ganhar asas
Em um desenvolvimento veloz.
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