Os erros, as intrigas, indiferenças dão-se... Toda a ordem de perturbação e de queixas dão-se... Então, os ânimos são acirrados, a intolerância predomina e afasta as pessoas. O tempo, que estende a existência, torna longínquos os acontecimentos. O planeta terra, nossa grande escola, dá muitas voltas... até que o sol brilhante, que está também dentro de cada um, renasça e vislumbre novo dia, novo tempo de progresso e compreensão. Daí, a concórdia se dá entre os que antes andavam separados. A paz ascende, nos corações, como o sol se levanta nos céus. O tempo muda tudo.
Muda as montanhas até, se mudam os mares e as flores florescem onde antes era verão. Muda a criança em adulto, e de adulto em outro adulto. E as pedras não se precipitam contra o tempo. Enfim, é o tempo grande agente de paz. Tudo vence e transforma, e abranda as faces de pedra dos homens estatuados.
*João Marques dos Santos, natural de Garanhuns, onde sempre residiu, é poeta, contista, cronista e compositor. Teve diversas funções nas atividades culturais da cidade: foi Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, durante 18 anos, Diretor de Cultura do Município e, atualmente, é presidente da Academia dos Amigos de Garanhuns - AMIGA. Compôs, letra e música, o Hino de Garanhuns. Mantém, desde 1995, o jornal de cultura O Século. Publicou quatro livros de poesia: Temas de Garanhuns, Partições do Silêncio, Messes do azul e Barro.
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