Por esse tempo, os meninos estudavam, uns na escola paroquial, outros no próprio Santa Sofia, outros nas escolas públicas. Estava em Garanhuns, desde março de 1912, como capelão do Santa Sofia e coadjutor da paróquia, o Padre José Ferreira Antero.
Ao assumir a paróquia, o Cônego Benígno Lira em janeiro de 1915, dois padres recém-ordenados - João Olímpio dos Santos e Eustáquio de Queiroz - lhe foram dados como coadjutores, para que o Padre José Ferreira Antero pudesse ficar livre do trabalho paroquial e, assim ser fundado o colégio dos meninos.
Habitavam os quatro padres a mesma casa paroquial e, nela, a 19 de março de 1915, foi fundado o Gymnásio de Garanhuns, pelo Cônego Benígno Lira, ficando o Padre José Ferreira Antero como diretor e tudo o mais, pois o vigário e os dois coadjutores mal tinham tempo de vencer os pesados trabalhos na paróquia.
Sendo o dia 19 de março um sábado, as aulas começariam a funcionar na segunda-feira 21 de março. Começou a funcionar no Chalet, primeiro prédio do lado de cima da rua Santo Antonio, lado direito da Catedral. Eram utilizadas também, as duas primeiras casas da rua D. Luís de Brito, nos fundos do Hotel Familiar. Um dos mais belos prédios de Garanhuns, naquele tempo.
Começaram as aulas com 15 alunos externos, número que, aos poucos, foi sendo aumentado. A disciplina impecável, a eficiência do ensino, os festivais realizados, eram coisas nunca vistas em Garanhuns. Tão eficazmente o Ginásio foi dirigido pelo Padre José Ferreira Antero que, em pouco tempo, começou a gozar de ótimo conceito em todo o Estado de Pernambuco e no Estado de Alagoas, de onde vinham diversos internos.
O fardamento usado era: farda branca com botões dourados, dragonas vermelhas e Kepi branco com uma fita verde-amarela, na qual se liam as palavras Gymnásio de Garanhuns. Tal fardamento ainda era usado a 12 de outubro de 1925; em 1927 o branco foi substituído por caqui.
Dom Moura compra o prédio da sede atual do Colégio Diocesano por 35 contos de réis
A educação e formação cristã da juventude foi tônica especial do grande Bispo. Ao chegar em Garanhuns encontrou o Gymnásio com 16 alunos internos e 40 externos sob a esclarecida direção do Padre Antero, funcionando em casa alugada onde funciona atualmente o Banco Bradesco, na Avenida Santo Antônio. Adquiriu por compra ao Dr. Lalor Motta um prédio, no alto da Estação Ferroviária - no valor de 35 contos de réis, adaptando-o às exigências pedagógicas e instalando nele o seu "GYMNÁSIO DE GARANHUNS".
Em 1925 no dia 12 de outubro teve a alegria de inaugurar o majestoso prédio - "o Gigante da Praça da Bandeira" abrigando milhares de jovens estudantes. Para aproximar os homens da religião, Dom Moura fundou a União Social Católica, tendo alugado uma casa ampla, mobiliou-a, instalou pequena biblioteca, reunindo cerca de 40 homens de nossa melhor sociedade, fazendo-lhes aulas de religião que ele denominava de conferências.
Havia boa música ao piano pelas mãos magistrais de D. Petra Pequeno. Assim Dom Moura soube lançar as redes... e os peixes grandes vieram.
Não descurou a formação do seu clero. No dia 16 de Julho de 1927 ele celebrou a Santa Missa na Capela do Ginásio. Abençoou as batinas e sob a égide sagrada de São José iniciava o seminário Menor, com poucos alunos, mas escolhidos, colocando-os os cuidados do Reitor Padre Pedro Magno de Godoy coadjuvado pelo Clérico José da Costa Porto.
A bandeira é o símbolo maior do Colégio. Idealizada, em 1936, pelo então Vice-Diretor. Mons. Tarcísio Falcão, fora confeccionada inicialmente assim: campo roxo e amarelo, com faixa branca em diagonal, no centro da qual se encontrava uma cruz de malta, em vermelho e azul. Na esfera azul estavam cinco estrelas representando o Cruzeiro do Sul, como é visto no céu brasileiro. Na faixa branca, lia-se "Ordem e Progresso". Assim permaneceu até 1938.
Ao assumir a direção do Colégio, naquele ano, Mons. Adelmar promove as seguintes alterações na bandeira: substituiu o roxo pelo verde e as palavras "Ordem e Progresso" por "Ciência e Fé", que passam a ser o lema da instituição até hoje. Amarelo e branco: as cores da Igreja a que pertence o Diocesano; verde e amarelo, cores da Bandeira Nacional; faixa branca com a frase "Ciência e Fé", por ser o lema do Colégio; esfera azul, com o Cruzeiro do Sul, simbolizando o céu do Brasil, outubro de 1938.
Nenhum comentário:
Postar um comentário