quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Não devemos temer a morte


Jesus de Oliveira Campelo*

Desde os grande primórdios, grande parte da humanidade vem fazendo indagações sobre a razão de sua existência, e continua a se questionar: De onde vim? Para onde vou?

Mesmo, em se tratando de um fenômeno natural, a morte ainda se constitui num desafio para o ser  humano. Muito embora os religiosos acreditem na imortalidade da alma, o medo da morte continua desafiando e perturbando as suas mentes.

Os que não acreditam na sobrevivência do espírito após a morte, - os materialistas - estão convictos de que tudo no mundo é constituído exclusivamente de  duas coisas: energia e matéria. Elas podem ser transformadas, mas, nunca destruídas. Se for alguma coisa, a vida é energia. E, sendo energia, pode passar por várias transformações, mas nunca destruída. E, concluem: se a morte não é uma simples mudança, nada existirá depois dela, a não ser um sono eterno. Por isso não a desejam, mas dizem não temê-la.

O que difere na postura de quem possui a visão espiritual, daquele que é materialista, ou, ainda, daquele que possui ideias vagas a respeito da vida após a morte, é a falta de conhecimento dos vários aspectos da espiritualidade. O despreparo, o medo da definitiva separação, a angústia, a incerteza, o medo do desconhecido, o pagamento das penas pelas faltas cometidas, atormentam os que possuem superficiais conhecimentos sobre a morte.

A morte deve ser entendida como um fenômeno inevitável na natureza, que merece ser estudada e analisada em seus vários aspectos, a fim de ser melhor compreendida, e para que o ser humano possa lidar com ela com simplicidade e, não  apenas temê-la.

Não é possível que milhões de depoimentos em todo o planeta, sobre a experiência realizada por renomados médicos sobre o fenômeno da chamada Experiência de Quase Morte EQM, e o tratamento feito através da Terapia de Vidas Passadas - TVP, em indivíduos das mais variadas condições sociais, econômicas e culturais, por milhares de pesquisadores sérios, não mereçam crédito. Acreditamos não ser lógico nem científico, negar-se simplesmente pelo fato de não se acreditar.

Morte e vida são dois fenômenos mergulhados numa só experiência. A vida é essa oportunidade extraordinária que Deus deu para propiciar nosso progresso material e espiritual e que deverá ser vivida em toda sua intensidade, a fim de que se possa obter dela o máximo de aproveitamento. A morte é apenas um fenômeno natural de transformação que marca o fim da jornada terrestre e a volta para o mundo espiritual. O conhecimento da vida espiritual, em todos os seus aspectos, liberta o homem do medo da morte.

A ciência vai aos poucos vasculhando a vida e ampliando seus horizontes tentando mudar o paradigma deste importante acontecimento.

A psiquiatra suíça, Elizabeth Kubler Ross, deixou magnífica contribuição a respeito desse tema, através de estudos que mostram que a morte apresenta-se, não como um aspecto aterrador, mas como um fenômeno natural. Suas conclusões foram extraídas de longos anos de pesquisas junto a moribundos e pessoas que foram ressuscitadas em hospitais, onde mais de vinte mil casos foram estudados.

Outros pesquisadores de renome como o Dr. Ian Stevenson, Dr. Bryan Weiss, Dr. Raymond Mood Jr., Dra, Julita Kiskis, Dra. Patrick Druot, Camille Flammarion, o Engenheiro Gabriel Delane e tantos outros que, tanto no passado como no presente, continuam prestando suas colaborações na elucidação deste importante tema. O estudo do esplendor da vida pode, perfeitamente, clarear o entendimento humano, a fim de que a morte possa ser aceita como fenômeno natural.

Mesmo tendo conhecimento da imortalidade da alma, isso não significa que o momento do desenlace não seja desprovido de fortes emoções. A convivência física, o amor, a vida em conjunto, fazem brotar um sentimento de tristeza e saudade em qualquer criatura. Mas, em seguida vem a conformação, e tudo voltará ao normal.

*Jornalista, cronista, é membro da Academia de Letras de Garanhuns.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Associação Garanhuense de Atletismo comemora 95 anos de história

ASSOCIAÇÃO GARANHUENSE DE ATLETISMO (AGA)   - Fundada graças a iniciativa de sete rapazes, com sede inicialmente na Rua Dr. José Mariano, ch...