terça-feira, 5 de agosto de 2025

Devemos orientar a juventude


Jesus de Oliveira Campelo* | Garanhuns, 27/11/2004

Está se tornando uma cena comum, encontrar-se jovens de pouca idade, grávidas, ou, já conduzindo orgulhosamente um filho nos braços, principalmente nos bairros mais pobres e mais afastados da cidade.

Na maioria das vezes, essa realidade é produto de aventuras amorosas entre adolescentes ainda totalmente despreparados para assumir tamanha responsabilidade, que fazem do amor momentos de divertimento para dar vazão aos seus instintos sexuais.

A falta de diálogo dos pais, a falta de uma educação com base científica dos educadores, o farto material erótico distribuído na sociedade através de vídeos, da televisão, de revistas e da internet - com agravantes de que são mostradas cenas de formas deturpadas - são as causas principais desse procedimento juvenil e até de adultos

Como é sabido, o apetite sexual se constitui no mais forte desejo de motivação do ser humano ou do animal, razão pela qual deve merecer maiores atenções dos responsáveis pelo futuro da juventude.

O ser humano enlouquecido pelo sexo, perde o controle sobre sua faculdade de raciocínio e da força de vontade.

Por falta de uma melhor orientação, a maioria das pessoas ignora este delicado assunto, pois, o instinto sexual ainda não é bem compreendido por grande parte da sociedade.

O sexo deve ser visto e sentido como um fundamento básico para a humanidade.

Em primeiro lugar, deve ser entendido que ele foi criado - não para proporcionar um simples divertimento, mas como fator indispensável na perpetuação da espécie humana e dos demais animais que habitam à terra.

Em segundo lugar, é importante para a manutenção da saúde, pois, é considerado pelos cientistas como agente terapêutico de alto valor.

Em terceiro lugar, o sexo praticado com amor é, sem dúvida, o agente conector que assegura o equilíbrio, a estabilidade e a perfeita harmonia do casal.

A orientação aos jovens deverá ser ministrada, não apenas pela educação escolar, mas, também, através da educação moral, ou seja, - aquela, criadora de hábitos e costumes que formam a personalidade do ser humano e o identifica no convívio social. A educação consiste na formação do conteúdo físico, intelectual e do conjunto de hábitos adquiridos.

Considerando-se o número cada vez maior de indivíduos, imagens e exemplos nocivos que todos os dias são lançados na torrente da população - grande parte ainda sem princípios, sem freios e entregue aos seus próprios instintos, não deve se constituir um espanto as consequências desastrosas que estão a surgir no seio da sociedade e, que se não forem combatidas, ficará muito pior, futuramente.

A desordem e a imprevidência são duas chagas que só uma educação bem entendida pode curar.

*Jornalista, cronista, historiador e membro da Academia de Letras de Garanhuns.

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