João Marques* | Garanhuns, 2023
Ausência, que afasta, é falta
quando mais eu sinto, gasto
o tempo que vai, e fica
com o instante da fala
que me diz estou
ausência que me deixa
o antes permanente e perto...
a minha própria sombra
escondida atrás e aparente
no vulto oculto e móvel
gira, gira e volta sempre
nunca se indo no esquecimento
vira saudade sonho história
e, fantasmagórica, persiste
viva e cruzando o agora.
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