domingo, 13 de julho de 2025

Sobre o silêncio

José Hildeberto Martins

José Hildeberto Martins | Garanhuns, 2006

Um tanto insociável,

fantasma irresoluto,

puro e simples vulto,

apresentou-se intocável.


Um belo imaginativo?!

Transparência louca?!

Sem pé, sem mão, sem boca,

aproximou-se emotivo.


Parecia querer falar.

Com ar de arguto,

talvez até astuto,

não podia desabafar.


Era o SILÊNCIO em degredo,

terrivelmente abalado,

visivelmente angustiado,

cúmplice de tanto segredo.

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