O beco de Manuel Bandeira
e a minha casa ficaram
no ar no espaço, inteiros
só como o poeta pensa
e como volto a minha casa
com asas de anjo
igual a tudo que acaba
e não morre e nem corre
fica anjo inventado de branco
e inventado volto menino
para ver a casa feita
com as paredes do chão
antigo
e até o sol se pondo perto
a casa o sol e eu, meninos
de parecer existentes
meio fantasmas meio
caminhos partidos
refeitos de vento
e do vento do azul do tempo.
*João Marques dos Santos, natural de Garanhuns, onde sempre residiu, é poeta, contista, cronista e compositor. Teve diversas funções nas atividades culturais da cidade: foi Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, durante 18 anos, Diretor de Cultura do Município e, atualmente, é presidente da Academia dos Amigos de Garanhuns - AMIGA. Compôs, letra e música, o Hino de Garanhuns. Mantém, desde 1995, o jornal de cultura O Século. Publicou quatro livros de poesia: Temas de Garanhuns, Partições do Silêncio, Messes do azul e Barro.
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