Rilton Rodrigues da Silva
Perdão, se eu te amo assim, Perdão, repito!
É que não posso, humílimo poeta,
esconder mais esta paixão secreta
e sufocar em mim este meu grito.
Divina aspiração, sublime meta;
amar-te assim: do zero ao infinito...!
Lázaro da paixão, triste proscrito,
do deus de amor ferido pela seta.
Queria viver em ti... ao teu lado,
sentir a plenitude do pecado,
se pecado é amar-te tanto assim.
Mas, se vês que estás te prejudicando,
perdoa e esquece; que eu irei chorando
toda a saudade deste amor sem fim.
Garanhuns, 17 de Setembro de 1977.
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