Ontem, tudo parecia beleza.
Hoje, tudo parece marmota,
Solidão, tédio e revolta,
Dor, canseira e tristeza...
Acabando aquela firmeza
Dos tempos da mocidade!
Sei que é o peso da idade
Dos setenta por cima de mim.
Tudo anunciando o meu fim,
O resto é doença e saudade!
Assim, vou levando a vida,
Sem ódio ou ressentimento.
Quero aproveitar o momento
Para saldar minha dívida,
(Que há muito está vencida),
Sem perder a dignidade.
Não posso fugir da verdade,
Nem quero ser o dono dela.
Apenas sou sujeito a ela,
Com honra e sinceridade!
E pelas veredas da vida
Vou procurando meu norte,
Em busca da minha sorte
Para conduzir a lida!
Sei, a estrada é comprida,
Porém pretendo chegar.
No cais, onde devo aportar,
Lembrarei sempre a mocidade,
Onde encontrarei felicidade
Esperando o tempo passar!
*Escritor, poeta, radialista, professor, bacharel em direito, foi prefeito e vereador de Garanhuns.
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