Paulo Gervais Filho
Odeio o que fazem com estas moças
Estas religiões malucas
Lindas moças de que a beleza
agora só é possível imaginar,
Guardada entre as muralhas altas
de uma inexpugnável clausura
de falsa castidade e temor.
Quero ver em seus olhos esplenderem
sinceras chismas de amor,
Um desejo arder em suas mães
Os seus cabelos se soltarem
em ondulações de luz
entrançando uma linda manhã,
Um sorriso lhes adoçar a boca
e lhes confeitarem as palavras
uma paixão capaz de extrair
do negativo de suas almas
um arco-íris de prazer...
Garanhuns, 02 de agosto de 1986.
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