segunda-feira, 7 de julho de 2025

A Seca


Natanael de Vasconcelos, São Paulo, 08/04/1971

A seca impiedosa queima o chão.

O sol bronzeia a pele da humanidade...

Da chuva?! Todo povo tem saudade,

Pouco a pouco some do homem o pão.


O agricultor de enxada à mão

Vai cortar o mato e de pena chora,

A terra está limpa, Tudo foi embora...

O carreiro?! Morreu o boi, resta o ferrão.


E da terra seca e devastada

Foge a massa, triste e desolada,

Em solo ardente, sol escaldante.


De lágrimas e suor, face molhada

pela dor de ter sido transformada

De herói dos sertões em retirante.

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