(In memoriam índio Galdino)
De ti, índia, há algum descendente?
Sim, Simôa Gomes, uma bela gentia,
Cavalgava nos "INHANHUNS". Mente
Sã, alforriava escravos à luz do dia.
Em manhãs frias, uma rosa das campinas,
Agraciar uma bondosa beldade,
Que vivia a cuidar de suas meninas.
Gente era gente. Que saudade...
E, hoje, queimar índio? Brincadeira?
De uma juíza: Não é crime hediondo;
Será que ela é brasileira?
São pais e mães que estão chorando.
É uma raça dos idos do Brasil. Uma pedra,
A primeira, quem jogará? O sangue,
Da Índia, do Negro, entre nós, não medra?
Onde estão os "gens", bens da vida? No mangue?...
Respeitar os donos desta Nação.
Memorizar. Quem cuida da roça.
Era extermínio, o chicote em ação.
Agora, a vez do POVO que remoça.
Fortaleza, 22.10.2000.
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