sábado, 19 de julho de 2025

A Índia

Alberto da Silva Rêgo

Alberto da Silva Rêgo*

(In memoriam índio Galdino)

De ti, índia, há algum descendente?

Sim, Simôa Gomes, uma bela gentia,

Cavalgava nos "INHANHUNS". Mente

Sã, alforriava escravos à luz do dia.

Em manhãs frias, uma rosa das campinas,

Agraciar uma bondosa beldade,

Que vivia a cuidar de suas meninas.

Gente era gente. Que saudade...

E, hoje, queimar índio? Brincadeira?

De uma juíza: Não é crime hediondo;

Será que ela é brasileira?

São pais e mães que estão chorando.

É uma raça dos idos do Brasil. Uma pedra,

A primeira, quem jogará? O sangue,

Da Índia, do Negro, entre nós, não medra?

Onde estão os "gens", bens da vida? No mangue?...

Respeitar os donos desta Nação.

Memorizar. Quem cuida da roça.

Era extermínio, o chicote em ação.

Agora, a vez do POVO que remoça.

Fortaleza, 22.10.2000.

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