A noite já se veste em tons de madrugada
E a brisa sopra leve e fria sobre os montes.
A terra que bebeu as águas da invernada,
Entoa a matinal dos ninhos e das fontes.
A luz invade a mata, despertando as flores,
E a aura perfumada se entretém nos ninhos.
O céu brilha no orvalho em chamas multicores.
Em torno se desdobra o dorso caleante
Da serra em altiplanos, vales e vertentes,
O estofo mineral, de seiva exuberante,
Expondo aflorações, fluindo das nascentes.
Garanhuns se levanta. Em tudo a mesma calma.
O olhar cheio de luz pela amplidão perpassa.
E dói-lhe a solidão e a dor da trazer n'alma,
Num céu de tradições, o caso de uma raça.
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