O Político

O político deve ser uma sublimação do espírito público. O conceito de sua outorga é um sacerdócio. Deve ser a expressão emocional para não se tornar cerebral e fria. Todo interesse  individual prejudica a transparência dos movimentos. O democrata é sempre um representante legítimo do progresso da comunidade. A sua vocação sempre, inspira-se na sabedoria das coisas criadas no eterno. E o ser humano, guiado pelo entendimento, é uma projeção que não se limita.

O compasso da crise pode marcar o ritmo macabro do fantasma da impiedade. O impiedoso é sempre um vulgar. A sua  vulgaridade caracteriza a ignorância do processo evolutivo. Não se apercebe que cada organização tem o seu estilo próprio de ser. A figura central desse desdobramento é o ser humano como expressão moral.

Convocado pelas circunstâncias determinadas pelo poder das necessidades, o político se desdobra como criador de possibilidade. Momento em que sua capacidade é a garantia da ordem pública. Todas as ideias se conjugam, e a sua visão aprimorada desvenda caminhos, pelos quais alcança a finalidade indeclinável de seu mandato.

O seu universo mental implica em se afirmar, que cada organização social tem sua postura. Esse feitio muitas vezes se impõe pela sua própria natureza. Não chega, entretanto a dominar as forças espirituais do verdadeiro líder. Esse é portador de percepções de ordem psicológicas onde o seu talento  torna-se digno de respeito. Desaparecerem as dificuldades e o ordenamento se consolida.

O arquétipo não se improvisa, não surge por acaso, é uma determinação do consenso político das massas. Do consenso público em que o povo inspira a sublimação. 

Muitos administradores não têm as qualidades dos antigos proprietários, iniciativa individual, ousadia, disposição de correr risco, mas qualidade de burocrata. Falta de personalidade e sobretudo de cautela. Representam o poder ao controle de quem domina.

O homem moderno, no mundo contemporâneo, desenvolve sua potencialidade no processo da história. Ele deve ser aquilo que pode ser e não obstante ainda não é.